Da série de entrevistas feitas pelo Diário Causa Operária, entrevistamos agora o candidato do PCO a Deputado Estadual, Vinicius Rodrigues, natural do Rio de Janeiro e membro do Comitê Central Nacional da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), o coletivo de jovens do Partido.
Na ocasião, Vinicius falou, sobretudo, da questão da juventude, do problema da polícia e das drogas, colocando a posição do PCO e da AJR sobre os assuntos. A entrevista ocorreu durante o XI Congresso Nacional do PCO
Leia a transcrição completa logo abaixo.
Diário Causa Operária: é a primeira vez que você sai candidato?
Vinícius Rodrigues: na verdade, eu saí candidato a vereador em 2020.
DCO: Então você já tem uma experiência! A principal bandeira de luta da juventude do PCO é qual? É a questão do vestibular mesmo?
VR: nós temos a questão do fim do vestibular, do acesso universal às universidades públicas e a questão da educação como um todo. Mas a juventude do PCO não se restringe a essas pautas educacionais, como vemos em outras juventudes. Temos uma pauta integral de lutar pelo socialismo, a pauta geral de Lula presidente, por um governo dos trabalhadores. Não nos restringimos a isso porque entendemos que a juventude é a vanguarda do movimento operário como um todo.
DCO: E a juventude, nesse caso, precisa ter o direito integral de entrar na universidade sem passar pelo vestibular, isso é o que defende o PCO?
VR: sim, essa é a política da Aliança da Juventude Revolucionária, a organização que eu faço parte, que é a juventude do PCO. Nós defendemos que a universidade pública tem que ser de acesso integral para todos, assim como a escola pública é, e tem que ter uma qualidade muito elevada, tem que ter um investimento grande do Estado.
DCO: [tem que ter] a estatização completa do ensino superior?
VR: de todo o ensino na verdade. O ensino tem que ser 100% estatal, que é justamente o ensino privado que compete e destrói a educação pública no Brasil.
DCO: você é do Rio de Janeiro. A situação das drogas no Rio de Janeiro afeta muito a juventude?
VR: a situação das drogas é uma coisa drástica lá no Rio de Janeiro. As drogas em si afetam porque a juventude está numa situação muito ruim, muito sem perspectiva. Então, o consumo de drogas aumenta muito e influencia muito a juventude, assim como a questão da violência policial. O tráfico de drogas é uma das fontes de renda da juventude, principalmente nas favelas, e a violência policial se dirige principalmente às pessoas que atuam nessa área — é extremamente violento, matam jovens todos os dias lá no Rio de Janeiro, a Polícia Militar, a Polícia Civil. Ocorrem chacinas de 3 em 3 meses, e é uma questão séria. Por isso, defendemos a legalização das drogas como forma de não ter esse tipo de repressão policial contra, principalmente, a juventude, mas, de maneira geral, contra a população.