─ Sputnik News ─ Segundo Hyman, a crise ucraniana, cujo fim não se antevê, coloca perante a União Europeia e os EUA cada vez mais dúvidas sobre o apoio a Zelensky. O colunista lembrou que o Partido Republicano nos EUA está cada vez menos seguro sobre a necessidade de gastar “montantes astronômicos” para fornecer armas a Kiev.
Ao mesmo tempo, os partidos alemães de direita e esquerda demonstram a sua discordância com o rumo político do chanceler Olaf Scholz, enquanto o líder francês Emmanuel Macron se manifesta contra “humilhar a Rússia”, já que até a própria geografia da Europa, junto com a história, exigem um compromisso.
“Zelensky deixou bem claro: a Ucrânia vai exigir dos seus parceiros cinco bilhões de dólares (R$ 26 bilhões) por mês. […] O cumprimento sem fim dos acordos com a Ucrânia é pouco provável. Quanto mais o conflito se prolongar, cada vez mais europeus, junto com os seus políticos, começarão a duvidar de tais investimentos. Os aliados da Ucrânia estão caminhando para a recessão, já sofrendo com o nível alto de inflação. Estão enfrentando tais desafios como alterações climáticas, calor extremo, incêndios, secas, exigências sociais dos seus próprios cidadãos, crises em outras partes do mundo, especialmente na África, impostos altos e problemas políticos no terreno”, especificou Hyman.
Em meio a tal crise abrangente, as reclamações de Kiev para aumentar o fornecimento de armas e dinheiro estão perdendo sua aura heroica.
“Talvez a persistência de Zelensky passe a parecer cada vez mais presunçosa, crítica, exigente, determinada, gananciosa e insaciável. A Ucrânia não é o único problema do Ocidente, não é mesmo o principal”, concluiu o colunista.
Em meio à operação especial para libertar Donbass, os países ocidentais seguem inundando a Ucrânia com armas. Moscou tem repetidamente declarado que o fornecimento de armas a Kiev apenas prolonga o conflito, enquanto os transportes carregando o armamento se tornam um alvo legítimo para os militares russos. Como salientou o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov, as ações do Ocidente apenas terão um efeito contraproducente.