As operações da Rússia na Ucrânia vêm demonstrando diversas falhas operacionais por parte do exército ucraniano. Não apenas do exército, mas de seu comandante-chefe, o presidente-fantoche, Volodímir Zelenski.
A Rússia está avançando lentamente para oeste. Atravessou o Dniéper (/nipró/ na pronúncia local), que divide a Ucrânia ao meio, e tomou a cidade de Khersón (pronuncia-se /her-son/). No entanto, a Ucrânia empreendeu a estúpida tática de bombardear a ponte sobre o rio Dniéper. Ora, os russos já a atravessaram. Destruir a ponte só prejudica a contraofensiva da Ucrânia para a retomada do Donbás.
Alguns estrategistas não entendem por que a própria Rússia não destrói as pontes ucranianas, como forma de impedir ou atrasar a entrega de armas que entram no país pela fronteira polonesa. Outros estrategistas respondem que é muito caro destruir uma ponte; isso teria de ser feito por bombardeio aéreo e alguns aviões caríssimos seriam fatalmente abatidos.
É verdade. Mas é também quase inútil destruir uma ponte. Dependendo do regime dos rios, podem ser atravessados com carros de guerra. Para rios profundos, usam-se balsas (ferries). Além disso, existem as pontes flutuantes, construídas desde a antiguidade. Durante as guerras médicas, por exemplo, Xerxes construiu uma ponte flutuante para atravessar o Helesponto e invadir a Grécia.
Outra estupidez de Zelénski está na área de propaganda. Zelénski anda pedindo às nações europeias que não concedam vistos de entrada para cidadãos russos; além disso, pediu que os países da Europa deveriam expulsar russos residentes. Esse tipo de tática só revela uma coisa: os ideais nazistas do próprio Zelénski.
Pode ser sinal de desespero, é verdade. Mas o desespero acaba revelando o verdadeiro caráter da pessoa.
Por outro lado, a Ucrânia conta com aliados de peso. De peso morto, eu diria. Países da União Europeia anunciam aos quatro ventos ajuda militar para os ucranianos. Mas os estoques de armas e munições da Europa já estão ficando baixos e 70% das armas enviadas, segundo denúncias da própria imprensa imperialista, não chegam ao exército ucraniano. São desviadas por militares corruptos e vendidas no mercado negro. Na verdade, essas armas estão municiando grupos terroristas e acabarão por serem usadas contra a própria Europa.
A Europa, assim como Zelénski, demonstra uma dupla fraqueza: estratégica, em nível político, e militar. Não tem força para combater a Rússia e as medidas tomadas de bloqueio econômico só têm fracassado. Na tentativa de provocar uma escassez de produtos na Rússia e fazer o país entrar em recessão, é a própria Europa que entrou em recessão.
O que a Europa faz vai contra seus próprios interesses. Ela sabe disso. Mas a Europa não tem autonomia; demonstra ser apenas um grupo de nações falhadas que rendem vassalagem aos Estados Unidos da América.
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