Albert Woodfox foi militante dos Panteras Negras. O escritor James Baldwin acusou o governo americano de usar as cadeias para assassinar os dirigentes do partido. Via de regra, os ativistas morriam em ‘brigas’ na prisão.
Woodfox morreu aos 75 anos por complicações de covid-19. Por 43 anos viveu sozinho em uma pequena cela. Talvez seja a tortura mais prolongada de que se tenha notícia. São esses requintes de crueldade que marcam uma falsa democracia que se chama Estados Unidos da América. Um país imperialista que para dominar não se cansa de infligir todo tipo de destruição e dor por todos os continentes.
No entanto, a crueldade se aplica também a próprio povo que por qualquer motivo é encarcerado. Proporcionalmente é a maior população carcerária do mundo. Na verdade, não existe democracia onde paira sobre a cabeça das pessoas a ameaça de prisão. Muitas prisões nos EUA são privadas e ali se explora a mão de obra escrava. Há quem diga que a escravidão naquele país nunca foi abolida.
Albert Woodfox, como tantos outros ativistas dos Panteras Negras, foram presos sob falsas acusações. Mumia Abu Jamal (Wesley Cook), por exemplo, foi condenado em um julgamento farsa por um crime que nunca cometeu. Esteve sentenciado à morte de 1982 a 2012. Eis um pequeno retrato do que se passa na ‘maior democracia do mundo’.