Com uma escalada inflacionária de cair o queixo ao longo dos últimos meses, os preços na Argentina deram um salto de 20% literalmente do dia para a noite — não “de repente”, mas “de uma vez”.
Mês após mês, os números batem recordes. O dado mais recente indica que a inflação registrada no mês de junho é a maior em 30 anos para o mês em questão. Em maio, a taxa de inflação ao ano estava em 60%, configurando uma das mais altas do mundo; agora, este número se encontra em 64%.
O peso, moeda argentina, está extremamente desvalorizado. Martin Guzman, ex-ministro da economia de Alberto Fernandez, renunciou há algumas semanas. Este foi o responsável pelo acordo de dívida com o Fundo Monetário Internacional, figurando como o homem do mercado financeiro e agente do imperialismo dentro do governo argentino. Agora, a nova ministra, Silvina Batakis, é colocada como aliada da vice-presidente, Cristina Kirchner, mas, ao mesmo tempo, afirma que vai seguir os passos do antigo ministro e a política do governo, assim como o plano acordado pelo FMI.
Ao mesmo tempo, a instabilidade política e social no país é gritante. Há um descontrole no âmbito social, e o povo culpa Fernandez, representante do governo. Protestos começam a acontecer pelo país, de produtores rurais, caminhoneiros, da população civil, etc.
A situação no país é extrema. São diversos os fatores que desembocam na crise, inclusive as crises internacionais do imperialismo, como o conflito na Ucrânia, a ascensão da China no mercado mundial, a escassez de petróleo e gás, entre diversos outros fatores.