Em mais uma determinação reacionária dos banqueiros contra os trabalhadores, o Banco Itaú/Unibanco acaba de anunciar mais demissões na categoria.
A medida vem através das famigeradas reestruturações, que acontece não somente no Itaú, mas em praticamente todos os bancos, resultando em dezenas de milhares de demissões no último período, principalmente logo após o golpe de Estado de 2016.
Desta vez, a reestruturação acontece na área da Diretoria de Operações Centralizadas e Diretoria de Negócios ItauCred Veículos.
O número de trabalhadores atingidos pelas medidas dos banqueiros, com realocação de funcionários e com a extinção de setor, pode atingir cerca de 200 bancários.
Os banqueiros, na tentativa de não ficar mal na fita, emitiu nota divulgando prazos para que os trabalhadores atingidos pela reestruturação possam procurar outras dependências para a realocação. Mas, todos os bancários sabem que tal prazo não é suficiente para que seja cumprida a determinação, e que essa resolução do banco é conversa para boi dormir, a demissão será sumária.
Segundo declaração de uma das funcionárias demitidas, o clima de terror se instalou nas dependências:
“Total apreensão. Não tem critério para a demissão, e a gente não teve a oportunidade realocação […] hoje uma colega que ainda está lá disse que o clima é muito ruim”. (site Fetec/cn 08/07/2022)
A demissão é a política dos banqueiros para aumentar, ainda mais, os seus lucros. Fica evidente que eles querem, a todo custo, intensificar ainda mais a exploração dos trabalhadores por meio das demissões.
Diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma pauta fundamental para a categoria bancários no próximo período, no qual os mesmos estarão em campanha salarial. Uma das principais bandeiras a serem levantadas pelos bancários.
Para que uma verdadeira campanha salarial seja consequente, é preciso superar um dos principais obstáculos para a luta da categoria: as intermináveis negociações com os banqueiros que, na maioria dos casos, entram com a corda e os trabalhadores com o pescoço. É necessário organizar a resposta para os banqueiros e, a única voz que eles escutam é a de mobilizações nas ruas. Para isso organizar, imediatamente, uma verdadeira campanha através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greve, ocupações, criação de comitês de lutas e de greve em todas dependências etc.