Interesses do imperialismo

Empresário bilionário ou garimpeiro?

Globo apresenta empresário bilionário como garimpeiro para continuar sua campanha em favor dos grandes monopolios da mineração

A venal e golpista Folha de S.Paulo publicou uma matéria no último dia nove sob o título “Garimpeiro alvo da PF tinha mansão com heliponto e casou ao som de Bruno e Marrone”.  A nota, como outras semelhantes, evidencia a enorme campanha de dissimulação dos conflitos entre índios e garimpeiros na Amazônia para defender os interesses do imperialismo.

A notícia mostra o empresário bilionário Márcio Macedo Sobrinho como um garimpeiro. O empresário que a Folha de S.Paulo apresenta como garimpeiro é um dos donos da empresa Gana Gold, empresa teria movimentado cerca de R$ 16 bilhões entre 2019 e 2021. Márcio Macedo Sobrinho teria ganho em apenas um ano R$ 1,1 bilhão.

 

Garimpeiro não, capitalista, bilionário

É evidente que associar a figura de um garimpeiro a um empresário bilionário como está fazendo a Folha de S.Paulo é extremamente fantasiosa. É como apresentar um burguês que possui indústrias e vive da exploração dos trabalhadores como um operário ou um latifundiário que vive da exploração do boia-fria como um trabalhador rural.

O empresário Márcio Macedo Sobrinho não é nem próximo de um garimpeiro. É um burguês dono de garimpo que vive da exploração dos garimpeiros, que como todos sabem (menos os jornalistas da Folha) são extremamente pobres e ganham uma miséria. Em geral a maior parte dos trabalhadores do garimpo o fazem como uma atividade de complemento da renda porque possuem outras atividades, como agricultura, pesca ou estão desempregados, sendo trabalhadores vindo de diversos setores da sociedade como índios, ribeirinhos, quilombolas, assentados e outras populações tradicionais.

 

O quer a Folha

Mas quais os interesses da imprensa golpista como a Folha de S.Paulo em associar os empresários do garimpo e que possuem empresas ligadas a mineração? Em associar empresários que vivem da exploração de trabalhadores, da invasão de terras indígenas e unidades de conservação, que contratam pistoleiros no garimpo para atacar índios e outras pessoas que vivem nas áreas de seu interesse?

Essa campanha tem relação com o assassinato do indigenista da Funai Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips. O imperialismo está se utilizando de seus lacaios como a Folha de S.Paulo para fazer uma campanha que defenda seus interesses na Amazônia e se aproveitando do crime brutal para intensificar essa política.

O garimpo e o garimpeiro são atividade tradicionais no Brasil, e talvez uma das mais antigas do país e sempre realizada pelos trabalhadores que buscam um melhor retorno econômico, sendo metais preciosos como ouro, prata, diamantes entre outros seu maior foco. Nesse momento, um dos empecilhos para que a exploração do ouro na Amazônia por grandes monopólios da mineração internacionais é a atividade garimpeira, em particular as cooperativas e associações de trabalhadores garimpeiros.

Já mostramos aqui neste Diário que 94% da produção de diamante e 44% da produção de ouro do Brasil estão sendo explorados por garimpeiros, e que que das 10 maiores áreas de permissão ou concessão minerária de ouro na região amazônica, sete são de cooperativas de garimpeiros, sendo que as três maiores cooperativas de garimpeiros possuem uma área maior que a área da mineradora Vale.

Sendo assim, a enorme campanha contra os garimpeiros serve apenas aos interesses do imperialismo. Não por acaso, a Folha tenta esconder culpar os garimpeiros da violência contra índios e da contaminação de rios e peixes na Amazônia e associar empresários que cometem esses crimes ao trabalhador do garimpo, que apenas vive do seu trabalho.

 

À serviço do imperialismo 

Atacar o garimpeiro e associar esses trabalhadores a criminosos e empresários serve apenas aos interesses do imperialismo e dos monopólios da mineração que possuem grandes interesses na região.

O imperialismo há tempos vem atacando os garimpeiros e nesse momento está se utilizando da grande comoção devido ao brutal assassinato no Vale do Jamari para intensificar essa campanha. O fim do garimpo na Amazônia somente trás benefícios para os grandes monopólios da mineração que buscam pressionar os governos a proibirem o garimpo e passarem essa enorme riqueza para serem explorados por mineradoras, em geral estrangeiras.

Partidos de esquerda e movimentos sociais não devem aderir a campanha de atacar o trabalhador garimpeiro realizada pelo imperialismo e seus lacaios no Brasil, como a imprensa golpista e a organizações não governamentais.

Deve-se ter claro que quem ameaça e ataca indígenas e unidades de conservação são grandes empresários e empresas ligadas a burguesia. O garimpeiro é apenas um trabalhador explorado que quase não possui direitos e que na sua maior parte são de comunidades tradicionais ou de desempregados.

Com essa campanha o imperialismo quer caminho livre e sem concorrência para explorar os recursos minerais da Amazônia.

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