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Sem esperança

Imprensa burguesa utiliza “alienação eleitoral” para a 3ª Via

Não é desinteresse, uma parcela da população não acredita mais nas eleições

O crescente movimento de se ausentar dos locais de votação, de votar em branco e anular o voto, é apresentado pela imprensa imperialista como sendo uma “alienação eleitoral” com clara intenção de manipulação do processo eleitoral.

Utilizam-se do estudo do Instituto Votorantim, obtido a partir de bases da justiça eleitoral, onde concluem que entre 2006 e 2018 a taxa evoluiu de 18% para 25%. Que o crescimento ocorreu de forma lenta, gradual e consistente. E que o índice de comparecimento às urnas é um dos melhores na América Latina, 75%, enquanto que no Chile foi de 50%, México e Costa Rica 65% em 2018.

De acordo com o estudo, entre 1998 e 2002 houve queda do número de abstenções, marcados pela implantação de urnas eletrônicas a partir de 1996. E destacam que as urnas eletrônicas são alvo de críticas pelo atual presidente e pré-candidato nas próximas eleições Jair Bolsonaro.

Na sequência o estudo mostra que a partir de 2006 a tendência de queda se reverte e a gerente-geral do instituto atribui o aumento da abstenção ao crescente movimento de críticas aos políticos, corrupção, escândalos, desvio de função e de finalidade (do cargo ocupado), levando o eleitor ao desencanto com a política.

A variação da taxa de não comparecimento se destacou comparada aos votos brancos e nulos. Em 2004 era de 14,17%, em 2016 17,58% e em 2020 24,47%, sendo que em São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a 30%. 

A professora Nara Pavão da UFPE conclui que a abstenção é um fenômeno mundial e decorrente da crise na democracia e o desencanto com ela.

A gerente de Gestão de Programas do Instituto, Ana Bonimani, alerta para a necessidade de reverter esse quadro, pois as abstenções altas diminuem a representatividade do candidato eleito.

Já os pesquisadores concluem que “não há crise decorrente do aumento da alienação e não há processo explosivo no cotidiano das eleições”.

A verdade verdadeira é que o povo tá cansado de ser feito de trouxa pelos políticos profissionais de carreira. Nos anos de eleição distribuem cestas básicas, arrumam alguns buracos nas ruas, pintam muros aqui e ali, mas nada de concreto entregam definitivamente para o povo da periferia e nos bairros de classe média baixa. 

A falta de empregos, de moradia, de saneamento, a inflação galopante e descontrolada, tarifas públicas estratosféricas, tudo isso leva o povo a não acreditar mais em processos eleitorais e judiciais fraudulentos, que proíbem seu candidato preferido de concorrer, até mesmo com prisão arbitrária, como no caso do Lula em 2018.

Que cidadão pode em sã consciência acreditar que seu voto tenha sido direcionado para o candidato escolhido e não para outro candidato? Mesmo que apareça uma foto no visor? Essa urna eletrônica não permite que ele mesmo possa conferir para quem de fato foi o voto, é uma informação eletrônica, além de não permitir uma recontagem, a não ser por profissional especialista em informática e indicado pelo próprio estado burguês, e não por qualquer pessoa e de forma pública.

No mínimo a urna deverá imprimir o voto com o nome do candidato para ser depositado numa outra urna para que todos tivessem acesso ao conteúdo, de forma transparente, como era feito quando o voto era de papel. Mas aí ficaria mais difícil a manipulação dos votos, é claro, e assim o estado não quer que seja. Afinal, precisam garantir que os candidatos da burguesia ou os aliados a ela sejam os vencedores e o povo que se exploda,

O golpe de Estado de 2016 foi o grande responsável por levar o eleitor a desacreditar nas eleições. Tiraram à força a candidata escolhida pela maioria do povo em processo fraudulento e colocaram em seu lugar um sangue-suga do dinheiro do povo. O resultado vemos claramente hoje em dia, fome, miséria e desemprego.

Como o estudo está baseado nos votos “neutros”, ou seja, brancos, nulos e abstenções, eles vão explorar uma coisa que existe em algum grau para procurar aumentar isso daí para depois direcionar para a Terceira Via. Isso fica claro ao mencionar no estudo que o Bolsonaro vem criticando a urna eletrônica, o que concordamos, não são confiáveis mesmo, conforme explicado acima.

Afinal, o voto nulo ou branco é o voto que você consegue manipular para ser “neutro”, contra a polarização. É muito mais fácil manipular o voto que não está ganho ideologicamente do que os polarizados.

Os eleitores têm suas preferências de candidatos baseado em sua experiência de vida. E mudar essa preferência é mais difícil que convencer quem não tem candidato a votar no candidato  A ou B, sendo estimulado por propaganda enganosa e com promessas que são veiculadas dia e noite nas televisões, nas rádios, nas igrejas, etc, mas que não serão cumpridas. 

Primeiro elegemos o candidato e temos que esperar que ele faça o que prometeu, se não fizer ou aguentamos todo o seu mandato, ou podemos retirá-lo de lá em movimentos de rua fortes e colocando outro de nosso interesse. E o processo eleitoral deve ser para os três poderes do estado republicano, executivo, legislativo e judiciário, mesmo que o estado ainda seja burguês e não operário. Coisa que o povo na rua pode mudar para operário, trabalhador.

A maior força no sistema republicano e democrático é o povo unido. Por medo desse poder do povo é que o estado burguês tenta de todos os modos burlar as eleições. Eles precisam manter o povo o mais desunido possível, e fortalecer a burocracia eleitoral para que sejam eles quem ganhem a maioria das cadeiras parlamentares.

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