Mal saímos de uma pandemia que durou mais de dois anos, e que acometeu a humanidade e já matou mais de 6 milhões de seres humanos, e a agência internacional OMS (Organização Mundial da Saúde) nos informa que uma hepatite misteriosa tem acometido diversos países do globo terrestre.
Seria uma nova hepatite, um novo tipo de doença que os cientistas pouco dominam, ou apenas o surto de uma doença já controlada pela humanidade, mas que devido às crises catastróficas que vivemos, tende a sair de controle novamente?
Isso pouco importa. O que temos aqui é que, em ambos os casos, a crise que o sistema capitalista vive e enfrenta, e que foi um dos principais motivos que permitiu o grande morticínio provocado pela covid-19 desde fevereiro de 2020 faz com que ambos os cenários (doença nova ou ressurgimento de uma doença controlada) sejam possíveis.
O Ministério da Saúde brasileiro já investiga aproximadamente dez mortes relacionadas a essa misteriosa hepatite, uma doença até então de muito conhecimento da humanidade num geral. Segundo a mencionada investigação do Ministério, São Paulo é o estado com o maior número de casos em análise, até o momento trinta e dois, registrados em vinte e uma cidades.
Os sintomas da doença são os mesmos da hepatite comum e incluem desde febre, até perda de apetite e coceiras pelo corpo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que há novecentos e vinte casos prováveis dessa doença em até trinta e três países. Porém, a mesma agência internacional diz que não é confirmada a doença, e que não há diretrizes para serem tomadas.
A organização indica um risco moderado da doença em nível mundial, mesmo os casos sendo tratados como prováveis, como informado anteriormente, e justifica isso com a dificuldade de determinar a causa específica da doença. Além disso, salienta que a hepatite misteriosa pode ser transmitida de pessoa pra pessoa, pois, tal como as hepatites conhecidas (A,B,C,D e E), tirando a alcoólica, a doença no fígado é gerada por conta de um vírus.
No caso da “nova doença”, tal agente causador não foi encontrado, sendo a própria covid não tendo sido descartada, segundo estudos da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido. Esta, junto à OMS, também investiga se uma alteração do genoma do adenovírus pode ser a causa da doença em questão, sendo este associado ao resfriado comum, gripes e problemas intestinais e estomacais.
Vivemos hoje um período bem intenso de crise e o sistema sanitário e hospitalar mundiais estão no olho do furacão, tendo em vista a recente pandemia já mencionada e que pode até estar ligada a esse novo surto de mortes. Vira, de fato, um ciclo vicioso em que não há recursos e nem incentivos para a área da saúde na maioria dos países. Sendo assim, tanto doenças novas quanto antigas, que sempre estiveram a espreita, ficam livres para se multiplicarem e matarem mais pessoas, principalmente em países atrasados e pobres.