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Greve

Crise dos combustíveis faz greves explodirem na Europa

Trabalhadores de petróleo noruegueses já seguem o exemplo de outros europeus que entraram em grve nas últimas semanas

Toda a Europa tem enfrentado uma alta inflação inédita nas ultimas duas décadas. A energia teve uma inflação média de 42% na zona do euro, devido ao aumento do petróleo e do gás, e tem aumentado a inflação em todos os outros produtos.

Gráfico 1: inflação dividida por setor na zona do euro até junho de 2022; 42% de inflação na energia, ~8% em todos os itens, alimentos, álcool e tabaco. Fonte: ec.europa.eu

Gráfico 2: taxa de inflação por países medido através do HICP (Índice harmonizado de preços no consumidor). Fonte: ec.europa.eu

Houve um grande aumento das manifestações em todos os países europeus no mês de junho, como se pode olhar nas seguintes notícias:

O setor relacionado a transporte teve uma grande quantidade de greves devido à baixa quantidade de funcionários e o aumento da demanda com as viagens de férias no verão, fora o baixo reajuste de salários frente a inflação. Então, houve uma série de greves como visto nas seguintes manchetes:

Por fim, trabalhadores de petróleo da Noruega entraram em greve nesta terça. E como a Europa está em uma crise energética, como por exemplo a ameaça de paralização de produção da grande indústria química BASF , os trabalhadores de petróleo e gás estão com uma grande força de negociação.

Classe operária toma as ruas

As manifestações e greves na Europa tendem a se espalhar por mais cidades e ter mais adesão dos trabalhadores e da pequena burguesia. Os trabalhadores estão insatisfeitos, pois as empresas não estão aumentando seus salários e a inflação tem diminuído consideravelmente o poder de compra. Já para o setor da pequena burguesia, o qual ao menos 10% deles sobrevivem através de empréstimos, agora vão enfrentar um acesso mais restrito ao crédito e com taxas de juros maiores.

A guerra da Ucrânia foi mais uma consequência da crise do capital. Ela ajudou a aumentar a inflação porém não é principal causa. A guerra apenas deixou mais explícito a crise do capitalismo.

A causa principal da inflação é a superprodução e o descompasso do sistema financeiro com o produtivo. A superprodução mundial ficou evidente anos atrás com a queda, ano a ano, do consumo do petróleo, o que levou a necessidade da OPEP em restringir sua produção. Associado a isso, os EUA e a Europa imprimiram uma grande quantidade de dinheiro desde 2008 para incentivar suas economias ou até mesmo mantê-las.

Enquanto isso, o imperialismo adotou políticas para atacar empresas concorrentes fora de seu controle, como por exemplo politicas liberais, comprando e fechando empresas estatais; políticas ambientais apoiadas pela grande imprensa corporativa; lockdown; quarentenas e sanções. Após os anos do COVID, ficou mais exposto o aumento dos monopólios, aumento dos lucros das grandes empresas listadas na bolsa, enquanto as pequenas empresas passavam dificuldades.

Em resumo, o grande capital adotou um plano de demolição controlada da economia por alguns anos para diminuir a superprodução, aumentar seu monopólio e garantir as lucratividade de suas empresas monopolistas. Fora levar guerras locais para a China e a Rússia, assim, abalando fortemente seus principais oponentes econômicos. Porém, as vitórias da Rússia sobre o governo Zelensky e a boa reação da economia russa frente às sanções estão sendo duas grandes pedras no sapato do imperialismo.

Essas pedras mostraram a fraqueza econômica do imperialismo e abriu um maior espaço para negociações internacionais fora do dólar. Portanto, a quantidade de mercadorias negociadas por dólar diminuiu e, consequentemente, a moeda perdeu seu valor de compra principalmente sobre mercadorias essenciais como matérias primas, gás e petróleo.

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