Senado aprova PEC das bondades que institui estado de emergência para Bolsonaro abrir os cofres públicos e literalmente comprar votos.
O texto da proposta dá aval ao governo para aumentar os gastos dos programas sociais nesses três meses antes das eleições. Tudo feito para não esbarrar na legislação eleitoral, que é feita apenas para pegar a esquerda e os opositores da burguesia.
As medidas que serão implantadas terão um custo de R$41,23 bilhões. O ‘Auxílio Brasil’, no qual Bolsonaro aposta para reverter seu mau desempenho nas pesquisas, terá um aumento de R$200,00, saltando para 600,00 no valor, o mesmo que a esquerda quis no início da pandemia e o presidente barrou alegando ter “responsabilidade fiscal”. O auxílio gás e o dos caminhoneiros também serão reajustados.
Além desses, lideranças do governo fecharam um acordo e incluíram taxistas no pacote, assim como irão injetar dinheiro no programa Alimenta Brasil, que financia aquisição de alimentos para famílias de baixa renda.
Toda essa jogada eleitoreira de Bolsonaro prova de que lado estará a burguesia que hoje o ataca diariamente para promover a terceira via. Burlam a legislação eleitoral, que proíbe esses tipos de programa utilizando a máquina pública em período eleitoral, para promover seu candidato, num espetáculo de favorecimento e cinismo. Por nada Dilma Rousseff foi cassada nas duas câmaras, e no processo golpista referendado pelo STF, mas Bolsonaro segue fazendo o que quer, pois é também uma ferramenta de manipulação da burguesia.
Os cofres públicos estão abertos e ficarão até às vésperas do pleito, sob a omissão do STF e dos demais tribunais que só estão aí para censurar e criar leis draconianas contra os partidos menores a fim de impedir seu progresso.
É preciso denunciar essa manobra eleitoreira para acabar definitivamente não com os “benefícios” concedidos aos setores sofridos da população, mas para pôr fim ao teto de gasto que impede os governos de diminuírem a crise social.