Nos dias 25 e 26 de junho, o Partido da Causa Operária realizou sua 32ª Conferência Nacional, que contou com a presença de militantes do partido que vieram do Brasil inteiro, assim como de diversos convidados que prestigiaram a ação do PCO e denunciaram a censura que o partido tem sofrido no momento.
O primeiro dia contou com falas de apoiadores e com um informe político, apresentado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, e foi transmitido nas redes de apoiadores do partido que, por sua vez, estão funcionando desde que as redes utilizadas pelo PCO foram derrubadas no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Clique aqui e conheça as redes de apoiadores do PCO.
Este evento foi aberto e realizado na Academia Paulista de Letras, marcando a luta do PCO contra a censura imposta pelo STF. Já neste primeiro dia foi possível ver que o partido tem disposição de lutar nas ruas, com seus militantes e apoiadores do Brasil inteiro.
O segundo dia foi realizado com o objetivo de apresentar e votar propostas, realizando assim um amplo debate entre os militantes sobre qual deve ser o caminho a ser seguido agora, e como a campanha pela liberdade de expressão deve ser feita. Esta parte da conferência foi de caráter interno e contou com a intervenção de diversos companheiros para que o debate fosse encaminhado de maneira democrática.
O caso de censura
A Conferência teve o foco em discutir a questão da liberdade de expressão devido a recente censura sofrida pelo PCO por parte do STF, que, por sua vez, impôs que diversas redes sociais, como Twitter, Instagram, Facebook, Youtube, Tiktok e Telegram, deveriam derrubar as redes oficiais do partido, sob pena de multa diária de 20 mil reais — as redes foram efetivamente derrubadas, inclusive a Causa Operária TV no Youtube, quem nem mesmo era uma rede oficial do partido.
O interesse do STF em derrubar as redes do partido veio mais especificamente do ministro Alexandre de Moraes, que, num gesto ditatorial, ordenou que as redes do partido fossem derrubadas após colocar o partido no inquérito das fake news, tudo isso por ter se ofendido por conta do apelido “skinhead de toga”, que foi designado a ele em uma das redes do partido. Alexandre de Moraes afirma, subjetivamente, que as opiniões do partido são atentatórias ao Estado de direito e às instituições democráticas.
Agora o PCO tem sido intensamente perseguido por simplesmente expressar suas críticas. Não é possível mais expressar sua opinião sem ser intensamente reprimido, uma verdadeira prova de que a liberdade de expressão não existe no país.
A Conferência
Nos dois dias da Conferência foram aprovadas diversas deliberações apresentadas pelos companheiros delegados do país inteiro. As propostas, seus pontos e contrapontos foram discutidos, até que se chegasse a um consenso sobre a nova campanha. Veja a seguir algumas das deliberações:
- Fazer um ato nacional em defesa do PCO e da liberdade de expressão;
- Realizar uma moção de apoio aos indígenas de Dourados e em defesa da Amazônia;
- Realizar uma moção contra as cassações do deputado Glauber Braga e Renato Freitas e em defesa da imunidade parlamentar;
- Realizar plenárias de organização, por estado, que sejam feitas junto às pré-candidaturas do partido;
- Realizar atividades culturais regionais, em defesa de expressão na arte e na política;
- Realizar um documentário relatando toda a campanha em defesa da liberdade de expressão;
- Enviar pelo menos 10 mil declarações escritas para o STF;
- Gravar vídeos de apoio a campanha;
A mobilização
Dentre as deliberações, é possível ver uma das que está mais na ordem do dia: a mobilização de rua. O Partido da Causa Operária aprovou a deliberação de realizar um ato nacional em defesa da liberdade de expressão e do partido, com data ainda a definir.
É importante ressaltar a relevância das ações do partido neste momento crítico em que vivemos. São vários os exemplos de censura que estamos vendo ultimamente, reforçando a ideia de que, se o Estado tem o poder de censurar a direita, ele também eventualmente vai censurar a esquerda.
É preciso se atentar muito a essa questão. O PCO é apenas o começo das ações ditatoriais que podem ser cometidas pelo Estado brasileiro, ainda mais em ano de eleição. É preciso seguir o exemplo do PCO e se preparar para realizar uma grande campanha, nas ruas, e com mobilização.
Uma das tarefas mais importantes na questão da mobilização é o próprio ato em defesa das liberdades democráticas. Em breve, a Direção do Partido definirá a data e o local do ato, que deverá contar com caravanas de todo o País, como nas manifestações pela liberdade de Lula em Curitiba.
Não à censura!