Nesta última segunda-feira (20), o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que está eleito há apenas um ano, anunciou que irá renunciar o seu cargo. Em seu lugar, assumirá o seu atual chanceler Yair Lapid, que terá cargo interino até as próximas eleições em outubro.
Isso significaria, segundo a imprensa burguesa, que a aliança que se uniu para eleger Bennett ruiu, ou seja, está se fragmentando, algo que mostra um claro sinal da crise, que se dá no sentido de que Bennett não conseguiria mais obter o apoio necessário dessa aliança no Knesset (parlamento israelense). Tal desastre impediria, na prática, de seu governo aprovar medidas. Além disso tudo, ainda há possibilidade da dissolução do Knesset.
Existe, ainda, a possibilidade desse ocorrido permitir a volta ao poder do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que é o líder da oposição ao governo de Bennett. Para evidenciar ainda mais a crise, além das tentativas da oposição de retomar o poder recém perdido, o país passa por uma forte onda de conflitos com os palestinos, sempre massacrados pelo regime em Israel.
Muito devido à constante ação ditatorial que Israel tem com o povo palestino, algo que se assemelha muito ao Terceiro Reich de Hitler, tais conflitos parecem cada vez mais frequentes, tendo em vista o claro enfraquecimento do Estado israelense. Um novo sinal, diga-se de passagem, da crise que vive o imperialismo mundial, com sede principal em Washington e que faz de Israel uma arma de seus desejos na região para sempre ter um apoio contra o Irã, Líbano e a Síria, bem como controlar o Oriente Médio inteiro, tudo através do Estado sionista.
O imperialismo tem sofrido diversos revezes nesses últimos dois anos, e a derrota evidente no ano de 2021 para o Talibã no Afeganistão, bem como agora com a operação russa na Ucrânia, só mostram as fraquezas de sua política em diversos ângulos que podem ser analisados.
A saída de Naftali Bennett, bem como a dissolução de seu grupo principal de apoio, está evidenciando cada vez mais que Israel está seguindo a crise de seus patrões ao Norte, e, assim, enfim poderemos imaginar uma Palestina livre num futuro não tão distante. A luta já está sendo travada e cada vez mais que o imperialismo perde na região, também perde o Estado fascista dos sionistas, que comete crimes contra os povos já há décadas, sob ordens dos norte-americanos e dos europeus.