O fechamento de todas as redes sociais do PCO e sua inclusão no Inquérito das Fake News, expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, está, a revelia dos interesses dos golpistas, abrindo espaço para uma nova e combativa jornada de lutas dos trabalhadores.
O despacho que ameaça não só fechar a imprensa do partido, mas que pode levar até à prisão de seu presidente, Rui Costa Pimenta, é uma ação ditatorial e está sendo reconhecida como tal. Inúmeros setores, tanto da esquerda brasileira como também de nacionalistas passaram a expressar um solidário apoio à perseguição sofrida pelo Partido da Causa Operária. Agora, para além de declarações, entrevistas, depoimentos e notas oficiais de repúdio ao decreto, o PCO organiza todos os seus militantes, filiados e simpatizantes para lutar em defesa da liberdade de expressão.
O Inquérito das Fake News
Nesta sexta (10), a Comissão Interamericana de Direitos (CIDH), exigiu informações sobre o sigiloso inquérito das fake news que tramita no STF desde 2019. As informações foram requisitadas para verificar a violação à liberdade de expressão e outros direitos fundamentais, ilegalidades e arbitrariedades presentes no processo, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Não é à toa. Em 2020, a Polícia Federal cumpriu 29 mandados de busca e apreensão nas residências de personalidades que haviam trabalhado na “produção de notícias falsas contra a Corte”. Entre os alvos, até pouco tempo estavam figuras de direita, como Daniel Silveira, Allan dos Santos e Luciano Hang. Entretanto, Moraes vai ainda mais longe e agora quer fechar a imprensa de um partido inteiro, a maior imprensa partidária da esquerda.
Trata-se de uma ação ditatorial. E as suas intenções são claras. O STF é um tribunal político. Sobre as figuras de outros capachos, foram eles os responsáveis pela perseguição do Mensalão e da Lava Jato, foram eles que aplicaram o golpe contra Dilma Rousseff e prenderam Lula. Não são eleitos, mas são detentores do maior poder político no País. São marionetes de uma classe social com poderes plenos para fazerem o que bem entendem.
Tudo isso é feito em nome da defesa do “Estado Democrático de Direito” ou da “luta contra a corrupção”. Quando, na realidade, é feito para defender os interesses da burguesia contra a classe trabalhadora. Calar o PCO é calar a vanguarda da classe operária, a vanguarda da luta por Lula Presidente. Calar o PCO é preparar um novo golpe para as eleições de 2022.
A defesa da liberdade de expressão
Por outro lado, o ataque ao PCO abriu caminho para uma revolta crescente dentro de diversos setores para defender os direitos democráticos.
Desde que o decreto foi anunciado pela revista golpista Veja, Rui Costa Pimenta já participou de entrevistas no canal Nova Resistência (8/06), no Podcast Monark Talks (9/06) e já confirmou participação em uma das principais redes de comunicação do País, a Jovem Pan (15/06). Além disso, o PCO já recebeu oficialmente apoio de partidos como PSTU (veja aqui), PCPB (veja aqui) e POR, bem como de correntes como a Esquerda Marxista, do PSOL (veja aqui) e de centenas de figuras da esquerda, como Breno Altman e Vitinho que mostraram o apoio do PT e levaram o debate para a TV 247 e para a Câmara dos Deputados, respectivamente.
Porém, o PCO pretende levar a luta adiante. Levar a luta para as ruas com milhões de panfletos, cartazes e adesivos e organizar a classe trabalhadora em defesa de seu direito de opinião. O ataque ao PCO é um ataque para destruir as organizações democráticas da classe trabalhadora. O STF atacou o PCO justamente para amedrontar toda a esquerda, para criar um clima ditatorial e controlar tudo que é dito. É hora de dizer basta! É hora de acabar com esse poder monárquico no País!
Plenárias Regionais e Conferência Nacional
Para isso, neste final de semana, dias 11 e 12 de junho, o PCO está organizando plenárias regionais para discutir os ataques do STF à liberdade de expressão e a organização de caravanas de todo o País para a 32ª Conferência Nacional do Partido, a qual terá um tema único: O ataque do STF contra as liberdades democráticas. As plenárias, além de realizarem um debate político acerca do problema, vão propor uma intervenção prática local. O Partido já tirou centenas de milhares de panfletos, cartazes e adesivos intitulados “Não à censura! Abaixo a ditadura do STF”, os primeiros de muitos para a campanha nas ruas.
As Plenárias estarão abertas para todos que quiserem organizar a campanha. Para participar da Plenária ou da campanha, basta entrar em contato com a Secretaria de Organização do PCO: +55 11 99741-0436.
Para os companheiros do Sul, a plenária será virtual e irá acontecer hoje às 10hrs. No Rio de Janeiro, a plenária acontecerá hoje às 15hrs no Centro Cultural Benjamin Péret, Rua Taylor 47. A do Nordeste acontecerá virtualmente hoje às 15hrs. No Distrito Federal, a Plenária ocorreu ontem (11/06), e vários companheiros já confirmaram presença na Conferência em SP e atuação durante toda a campanha. Em São Paulo, as panfletagens e as atividades já começaram. Ontem, militantes e simpatizantes do partido foram na Ladeira Porto Geral, e hoje, estarão panfletando durante todo o dia na Avenida Paulista.
Diferente das figuras bolsonaristas perseguidas por Alexandre de Moraes, o Partido da Causa Operária é um partido. E não um partido de parlamentares de esquerda ou um partido burguês, mas sim um partido de militantes. Militantes esses que trabalham duramente para defender o PCO e a liberdade de expressão para toda a classe trabalhadora, como sempre defendeu a esquerda:
“Liberdade ilimitada de consciência, palavra, imprensa, reunião, greve e associação”, programa do Partido Operário Social-Democrata Russo.
É hora de lutar ao lado do PCO e de todos os trabalhadores em defesa da liberdade de expressão! É hora de acabar com o STF e toda a corja golpista!