A Revista Breton, publicação do coletivo GARI – Grupo por uma Arte Revolucionária Independente – lança seu quarto número discutindo vários aspectos de uma das mais brasileiras das artes: dança e luta, jogo e realidade, corpo e alma ritmadas pelo berimbau. Em uma palavra: a capoeira. O gesto que ataca, defende, reflete e transforma em coreografia bela e mortal a energia revolucionária da luta pela liberdade.
Ao adquirir esta edição de Breton, além da rica discussão sobre arte, política e revolução, você também está colaborando com a campanha pela liberdade de expressão e por Lula Presidente.
Em sua edição anterior, a revista Breton destacou os princípios da Arte Revolucionária de acordo com o Manifesto da FIARI – Federação Internacional dos Artistas Independentes- assinado por Breton, Trotsky e Rivera, contribuindo para o debate sobre as artes e suas características revolucionárias (ou antirrevolucionárias da arte e seus desdobramentos sociais, culturais e políticos).
Depois de um século de sua publicação, o Manifesto FIARI ainda suscita muita discussão entre teóricos e acadêmicos, que povoam o debate de termos na moda e os generalizam em forma de julgamentos e posicionamentos descontextualizados, usados como forma de argumentação eloquente, porém questionável, quanto ao papel e força da arte em movimentos revolucionários.
Uma arte revolucionária e independente que se faz com o corpo, que é proteção, escudo ou é arma. Por isso, a capoeira é o tema desta edição da Revista Breton, que parte do princípio de que artistas, teóricos e suas discussões devem “principalmente organizar a intervenção artística de um ponto de vista prático.” Nesse sentido, no Brasil, nada é mais prático, revolucionário e artístico que a capoeira. Uma arte que sobrevive e escapa entre os dedos das teorizações acadêmicas como água em movimento.
Seguindo o editorial desta edição, A Capoeira: em defesa da arte genuinamente nacional, os artigos apresentam várias facetas desta arte. Começando por um fato de anos recentes, o primeiro artigo discute a vitória de um capoeirista sobre um lutador de jiu jitsu num momento de alta da modalidade que a família Gracie consagrou nos anos 1990, fato que marcou a história das artes marciais no Brasil, consagrando a superioridade da capoeira em relação às chamadas MMA (Artes Marciais Mistas), como o jiu jitsu.
Segue, nesta edição, um artigo de Mário de Andrade, grande estudioso da cultura brasileira e sua música, a respeito do principal instrumento musical da capoeira, o berimbau. Na sequência, um histórico da capoeira apresenta as raízes históricas e culturais de resistência e luta deste jogo que exige dedicação, prática e concentração constantes, acompanhadas dos elementos culturais que dão vida e energia a esta manifestação autenticamente brasileira, que merece nossa atenção e reflexão em momentos de massiva opressão e repressão à expressão legítima e artística desta arte.
Encerrando a discussão, a representação da capoeira na literatura brasileira oferece aos leitores este diálogo entre duas expressões artísticas nacionais, exemplificando o papel central da capoeira na construção de nossas raízes culturais brasileiras, repleta de sincretismos e de rebeldias, de enfrentamentos e ficções, de colaborações para um pensamento, uma arte e uma posição revolucionária perante os desafios da opressão do imperialismo cultural, econômico e, principalmente, político. Embora poderosos e fortes, a hipertrofia dos músculos imperialistas não dá conta da agilidade e do gingado revolucionário da capoeira jogada com o corpo, com a mente e com a arte.
Para adquirir a revista, entre em contato pelo número (11) 95106-0007 e contribua agora mesmo!