A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) acaba de divulgar, no último dia 12 de abril, o calendário de mobilização para a campanha salarial dos bancários de 2022, que tem a sua data base em setembro.
As datas, esse ano, foram antecipadas por determinação do próprio Comando Nacional dos Bancários, que tem como justificativa a aprovação, no governo Michel Temer, da ultratividade. Ou seja, se as categorias de trabalhadores não renovarem as suas convenções coletivas até o último dia das suas datas base, poderão perder os direitos e os benefícios do acordo até então vigente.
A Campanha Salarial da categoria bancária, desse ano, irá se desenvolver em meio a uma violenta crise econômica e social do País. Os banqueiros e seus governos insistem em aplicar um gigantesco ataque aos trabalhadores bancários através das demissões em massa, arrocho salarial, terceirizações, privatizações etc.
A campanha salarial dos bancários, se organizada de forma séria e consequente, poderá cumprir um papel de fundamental importância no atual cenário político econômico, quando várias categorias de trabalhadores se encontram, nesse exato momento, em movimento (metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional, que estão em greve, passando por cima, inclusive, das direções pelegas dos seu sindicato, dirigido pela Força Sindical; as greves dos professores estatuais do Piauí e Minas Gerais, metalúrgicos da Toyota no ABC, entre outros). Com isso, poderá romper o impasse existente no movimento dos trabalhadores, abrindo a perspectiva de uma luta de conjunto contra os planos de miséria e recessão do imperialismo e do governo Bolsonaro.
Nesse sentido, nessa campanha salarial dos bancários, coloca-se como tarefa importante, para impulsionar a campanha rumo à unificação da categoria, a superação da política de fragmentação da categoria por parte dos bancos, algo que tem resultado no enfraquecimento das lutas dos trabalhadores. Além disso, unificar a luta dos bancários com outras categorias que também realizam as suas campanhas salariais, coincidindo com a dos trabalhadores dos Correios, petroleiros e metalúrgicos.
A unificação da luta entre as diversas categorias, que irão reivindicar as reposições salariais, cria condições de fortalecimento dessas lutas e servem para impulsionar outras categorias que ainda não estão mobilizadas. Os trabalhadores bancários devem ter claro que o isolamento leva ao enfraquecimento e derrotas da categoria.
Abaixo o calendário de mobilização dos bancários:
| Até 25 de abril | Prazo para eleição das delegações, em assembleia |
| Até 21 de maio | Consulta Nacional dos Bancários, em meio eletrônico |
| Até 29 de maio | Prazo para realização das conferências estaduais/regionais |
| Até 1º de junho | Encontros nacionais de bancos privados |
| 02 e 03 de junho | Congressos Nacionais de bancos públicos – BB, Caixa, BNB, BASA e BNDES |
| 03, 04 e 05 de junho | 24ª Conferência Nacional dos Bancários |
| 06 e 07 de junho | Assembleias para aprovação da minuta de reivindicações |





