Morreu, aos 76 anos, o artista gráfico Elifas Andreato após complicação em decorrência de um infarto. Nascido em Rolândia, Paraná, veio para São Paulo quando começou a trabalhar com temas de festas. Logo depois, começou a ilustrar.
Foi um designer gráfico ilustrador reconhecido especialmente como o maior ilustrador de numerosas capas de discos de vinil nós anos 70/80, com grandes nomes e renomados artistas da música popular brasileira como Toquinho e Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Elis Regina, entre outros. Aliás, Elifas começou sua trajetória em produzir capas de vinis em 1973, quando produziu seu primeiro trabalho com Paulinho da Viola. Além disso, também ilustrou a capa de livros de literatura brasileira, como é o caso de obras da Clarice Lispector.
Elifas foi, também, o maior capista de vinil, produzindo um total de 362 ilustrações para discos. Entre outros peculiares trabalhos, ele também produziu peças (cenógrafo), cartazes e gravuras, o que elevou sua obra. Reconhecido internacionalmente por sua produção, Elifas também trabalhou como diretor de revista, roteirista, diretor de shows e jornalista. Vale notar que a projeção de Elifas tem uma causa muito clara: a popularidade internacional da música popular brasileira.
Além de tudo, Elifas também atuou politicamente ao longo de sua vida. Lutou contra a ditadura militar de 1964, utilizando as suas obras para se opor ao regime militar da época. Retratou a crueldade e a barbárie praticadas por torturadores da ditadura em meio às suas produções artísticas.