Depois do Banco do Brasil, que anunciou nesta semana mais um famigerado Plano de Demissão “Voluntária”, com o objetivo de jogar mais de 300 trabalhadores no olho da rua, agora foi a vez dos banqueiros golpistas do Banco Itaú/Unibanco que abriu um PDV para um grupo de funcionários que eles querem ser ver livres.
Os “elegíveis ou colaboradores”, como são denominados por essa corja de bandidos, que estão com a faca no pescoço, são aqueles com igual ou superior a idade de 60 anos, que ocupam diversas funções na empresa, inclusive Técnicos Administrativos. O golpe dos patrões em relação às demissões consiste em pressionar os trabalhadores que “gozam de estabilidade provisória no emprego decorrente de retorno de período de afastamento por motivo de saúde (doença ou acidente) em que tenham recebido auxílio-doença previdenciário”; “afastado por doença ou acidente há 30 dias ou mais”; “mesmo com alta do INSS do benefício de aposentadoria por invalidez, continuavam afastados há 30 dias ou mais em razão do médico do trabalho da Empresa ter constatado a inaptidão para o trabalho em exame de retorno realizado após a comunicação pelo empregado de alta da aposentadoria”; “estavam afastado do trabalho por doença ou acidente há 30 dias ou mais aguardando decisão de recurso administrativa ou de ação judicial já propostos até 31.01.2022 contra o INSS para reconhecimento ou reestabelecimento do auxílio-doença”; o prazo de vigência e para adesão ao programa será de 31/03/2022 a 29/04/2022.
Primeiramente o que se deve salientar é que os tais programas de demissões dos patrões não têm nada de “voluntário”. Aqueles que por ventura não aderir ao PDV, passará a fazer parte da lista negra dos chefetes de plantão para, na primeira oportunidade, serem sumariamente demitidos e, para que os banqueiros tenham sucesso na sua empreitada, tacam o terror nos trabalhadores “elegíveis” para que adirem ao plano.
Uma outra questão, que chama a atenção, são os “elegíveis” serem aqueles com mais de 60 anos e que gozam de estabilidade no trabalho por conta de acidente ou doença, que na grande maioria dos casos foram ocasionadas por questões laborais, ou seja, o banco quer se livrar dos trabalhadores que sofreram ou sofrem com problemas decorrentes das más condições de trabalho, resultado da política dos patrões em tratar os sus funcionários como lixo, oferecendo uma merreca do pacote de “benefícios”, oferecidos pelos banqueiros, em que o trabalhador terá que sustentar a ele e sua família por um período, sabe lá até quando, já que na atual situação de crise do capitalismo onde nem o jovem, até mesmo aqueles com algum tipo de qualificação, está conseguindo um lugar no mercado de trabalho, que dirá aquele senhor de 60 anos!
Os banqueiros estão numa verdadeira ofensiva reacionária contra os trabalhadores bancários através da política de demissão em massa, rebaixamento salarial, superexploração, etc. Somente no ano passado, em plena pandemida do coronavírus, os banqueiros jogaram no olho da rua mais de 15 mil bancários e, nesse ano, tudo indica que a situação será ainda muito pior.
Este ano será a data base da categoria bancária e, as organizações sindicais dos trabalhadores devem organizar uma gigantesca mobilização que vise ter como uma das pautas fundamentais a estabilidade no emprego, pela a estatização do sistema financeiro sob o controle dos trabalhadores. Pelo fim do controle descarado dos banqueiros privados nas instituições que controlam a economia nacional, como o Banco Central, BNDES, Ministério da Economia!





