─ Prensa Latina ─ O ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, admitiu hoje o grave impacto sobre a população da crise energética agravada pelo conflito na Ucrânia, que comparou ao choque do petróleo de 1973.
Os nossos compatriotas vivem diariamente os efeitos, com o barril de petróleo a 130 dólares e as suas consequências nos preços do diesel e da gasolina nos postos e no aumento da fatura do gás, disse o responsável num fórum desta capital, que reconheceu que a nova crise vem muito rapidamente após a causada pelo Covid-19.
Segundo Le Maire, a situação atual é comparável em “intensidade e brutalidade” à chamada primeira crise do petróleo, em 1973, no contexto da guerra árabe-israelense.
Nossa resposta deve ser diferente hoje do que era então, porque não podemos repetir os erros do passado que levaram a aumentos de preços e inflação, é urgente ser mais criativo e criar um novo modelo energético para a França e a Europa, ressaltou.
O ministro destacou que o caminho é a independência energética na União Europeia, uma solução de longo prazo que inclui a transição ecológica entre seus componentes.
Não é uma questão de semanas para eliminar a dependência do gás russo, a resposta passa por etapas, com elementos como a proteção das empresas, o acompanhamento das famílias e a adaptação do nosso modelo de consumo, reconheceu.
Le Maire prometeu ajuda do governo aos franceses diante do duro desafio energético e, em particular, aos mais vulneráveis, apoio estimado em mais de 20 bilhões de euros.
Apenas manter o custo do gás doméstico equivale a desembolsar 10 bilhões de euros, nenhum outro país europeu fez tanto para apoiar as famílias, argumentou.