No último dia 07 de março, a direção golpista do Banco do Brasil soltou um comunicado ao mercado informando a abertura de mais um Programa de Adequação de Quadro (“PAQ”, “Programa”), diga-se DEMISSÃO, de cerca de 300 funcionários, do quadro de assessoramento.
Segundo o cínico comunicado do banco, “o programa tem como público alvo cerca de 300 posições de assessoramento e permite o desligamento VOLUNTÁRIO de funcionários, dentre outras medidas de movimentação” (grifo nosso). (Comunicado ao Mercados Banco do Brasil, 07/03/2022)
Todo mundo sabe que os planos de demissões dos banqueiros não têm nada de voluntários. Na verdade, o que há é uma política de terror aos trabalhadores para que adirem ao plano.
No caso em epígrafe, diz respeito à adequação do quadro de diversas dependências do banco, com a eliminação de cerca, em média, de 30 postos, nas diversas dependências que estão sendo “readequadas”. Nessas dependências já há um clima de desespero entre os funcionários por conta do clima de terrorismo, feito pelos chefetes de plantão, em que os trabalhadores estão ameaçados, em não aderindo ao programa de desligamento, de perderem, além do cargo na dependência, as suas comissões, ou seja, arcar com as consequências arbitrárias do banco através do descomissionamento, transferências compulsórias para as agências ou mesmo para outros estados, ter o rebaixamento salarial ocupando outra função comissionado (se houver vagas, claro).
O lançamento de mais essa leva de demissões no BB, nada mais é do que um projeto que pretende “enxugar” o quadro funcional do banco, além, é claro, do que já vem acontecendo através de descomissionamentos, rebaixamento salarial, fechamento de agências, etc., com o intuito de preparar o banco para a sua privatização.
Mais esse ataque aos trabalhadores, através de demissões em massa é mais uma medida da direção reacionária do banco que visa, além de aumentar a exploração dos trabalhadores com demissão e rebaixamento salarial, pavimentar o caminho para a privatização com a entrega de um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. É a consequência da política reacionária da direita fascista, que se instalou no Palácio do Planalto, que tem com fundamento aprofundar a ofensiva contra os trabalhadores para beneficiar banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais.
A luta contra a privatização do BB é a mesma luta do conjunto dos trabalhadores das empresas estatais, que estão na mira dos governos privatistas.
É necessário organizar, imediatamente, uma gigantesca mobilização contra a política de rapina dos capitalistas e seus governos através de uma greve geral dos trabalhadores das empresas estatais e barrar as privatizações e as demissões.





