O conflito envolvendo Russia e Ucrânia pode parecer em um olhar mais desatento algo distante e sem conexão com a realidade da classe trabalhadora brasileira, pode haver a impressão de que tanto ucranianos quanto russos são oprimidos pelos anseios imperialistas de Vladimir Putin.
Sendo assim, devemos apoiar a paz em abstrato, que só seria possível com a derrota do sanguinário presidente russo apoiado pelos malignos oligarcas de mesma origem. A salvação, obviamente, viria através das forças do ocidente, através da Otan, chefiada pelos heróicos e honrados norte- americanos, que salvariam o sofrido coadjuvante Zelensky e devolveria ao imaculado povo ucraniano, sua liberdade para servirem de capacho do imperialismo norte-americano. Terminariam ainda mais empobrecidos devido a uma economia arrasada, submetida aos interesses dos Estados Unidos.
Porém não estamos em um filme de ação de segunda linha de Hollywood dos anos de guerra fria e a encenação, que com toda certeza não incluiria o fim dramático para os ucranianos, não acaba com os créditos finais.
A situação é muito séria. Na Ucrânia, a consolidação do fascismo veio a partir de um golpe de estado em 2014, algo muito semelhante ao ocorrido no Brasil após o golpe de 2016. A confusão também é causada por forças altamente interessadas em defender os interesses do imperialismo norte – americano por aqui, são elas a esquerda brasileira e a grande imprensa golpista, com maior destaque a rede Globo. Agindo como vira-latas sem rumo que são, permanecem fiéis aqueles que os alimentam, muito bem por sinal.7
O generoso “pai de pet” em questão, é o investidor húngaro bilionário George Soros, que adotou a esquerda brasileira, a mantém bem alimentada e segura firme a coleira.
Soros é fundador da Open society foundations, organização que como o próprio nome diz, defende uma sociedade aberta, totalmente voltada aos interesses do imperialismo, que com essa tal abertura pretende destruir qualquer governo de caráter nacional, através do financiamento de instituições ou pessoas ligadas ao poder político, fabricam lideranças capazes de desestabilizar governos que assumam a defesa dos interesses nacionais em seus países.
Um dos vira – latas de maior destaque em seu canil brasileiro, está o psolista Gulherme Boulos, figura importantíssima para o golpe de estado em 2016, que derrubou a presidenta eleita democraticamente Dilma Rousseff.
Líder do movimento “não vai ter copa”, Boulos terminou por desestabilizar o governo petista, ganhou o apoio da esquerda pequeno- burguesa, que naturalmente é contra o futebol, com revindicações a respeito das desapropriações indevidas para construções ligadas a copa, algo que poderia muito bem ser feito sem que houvesse uma campanha contra o evento esportivo em questão, algo que resultaria em ganhos econômicos para o país e prestígio internacional.
No fim das contas, para Boulos e Soros pouco importaram as tais desapropriações, a intenção era o resultado final: O golpe de estado. A direita abraçou a ideia e as manifestações golpistas se consolidaram. A consequência todos conhecemos, a partir desse momento o fascismo saiu do armário, vieram Michel Temer, a prisão de Lula e por fim o ilegítimo presidente Jair Bolsonaro. Muitos brasileiros hoje estão na fila do osso para garantir o mínimo de proteína em suas dietas.
A ligação entre esses dois inimigos do povo brasileiro se dá através do IREE, sigla que significa instituto para reforma das relações entre empresa e estado. Comandada pelo grande amigo de longa data do psolista, o advogado Walfrido Warde. Ambos defendem que o tal instituto é plural, o que se prova real se levarmos em consideração pessoas ligadas ao golpe de estado. Todo tipo de golpista pode ser encontrado por lá, desde Sergio Etchegoyen, ministro chefe de segurança do governo Temer, até o próprio Sérgio Moro, responsável pela prisão do ex presidente Lula.
Soros porém, em sua idealização de sociedade aberta não se limita a um só país, Na Ucrânia teve também enorme influência no golpe de estado sofrido pelo país, e claro apoia a falsa soberania ucraniana no atual conflito, ou seja, dá todo seu apoio às milícias nazistas no país, que são o braço armado do governo golpista que se instalou por lá após 2014.
Fica assim perceptível a união entre a esquerda brasileira e o nazismo ucraniano, ao apoiar a suposta auto determinação da Ucrânia, a esquerda pequeno burguesa brasileira termina por fortalecer o coro da imprensa direitista nacional, que faz uma campanha anti- Russia feroz, que resulta no apoio a Otan e na opressão, essa sim sanguinária, aos povos de origem russa da região do Donbass.
A classe trabalhadora brasileira não deve se deixar enganar por esses falsos esquerdistas, que defendem somente seus próprios interesses, seus cargos parlamentares e o sustento vindo de bilionários estrangeiros que pretendem aprofundar o golpe de estado no Brasil, que resultará na liquidação da economia nacional e no empobrecimento ainda maior da nossa população.
O apoio a ofensiva russa deve ser total e irrestrito, do contrário estaremos ao lado da opressão do povo russo na Ucrânia pelas mãos dos nazistas armados pela Otan imperialista, juntamente com o governo fantoche de Zelensky.
