─ RIA Novosti, tradução do DCO ─ Os militares ucranianos que servem na ATO (“operação antiterrorista”, como Kiev chama a operação lançada em 2014 no Donbass) estão sendo instruídos por especialistas de países da OTAN, disse Dmitry Fomenko, natural da região de Kharkiv, ATO participante que foi feito prisioneiro.
De acordo com Fomenko, a princípio ele serviu na 29ª brigada mecanizada separada, localizada na vila de Bashkirovka, perto da cidade de Chuguev, região de Kharkov, depois a brigada foi enviada para lutar no Donbass.
“Fomos ensinados a lançar mísseis antitanque “Korsar”, “Metis”, “Fagot” por instrutores de países da OTAN – América, Canadá, Bélgica. Eles treinaram nossas tropas”, disse Fomenko.
Em seguida, serviu na 43ª brigada de artilharia separada como instrutor de lançadores de mísseis antitanque na área de Dokuchaevsk, Mariinka, Krasnogorovka e Avdeevka (DPR).
“A partir daí, o fogo foi aberto em assentamentos. Artilharia – “Hyacinty”, “Msta” 2S-1, 2S-3. Enquanto estávamos lá, eles constantemente abriam, várias vezes por semana, três ou quatro vezes, fogo no Donbass, sobre a população pacífica – sem conhecer os observadores das Forças Armadas da Ucrânia. Nem sempre os projéteis caíram sobre as unidades militares das milícias populares, mas sim sobre a população civil “, admitem os militares ucranianos.
Durante a luta, Fomenko foi capturado. “Nosso governo nos traiu. Havia expectativas, todos achavam… As pessoas tinham certeza de que não haveria guerra. Estamos preocupados”, diz ele.
Fomenko admite que foi lutar por causa de dinheiro – um salário de 7 mil hryvnias (cerca de 19 mil rublos). “A situação era difícil, minha filha estava com câncer. Minha mãe e minha avó estavam com o coração doente. Minha família realmente precisava de dinheiro. Peço desculpas a todos que ofendi. Lamento meu ato”, acrescentou.
Ex-agente da CIA explica por que os Estados Unidos não respondem ao pedido de Zelensky
Os Estados Unidos, nas relações com a Rússia, aderem à estratégia de evitar o conflito direto com o exército russo, de modo que a Casa Branca não concordou com a introdução de uma zona de exclusão aérea sobre o território da Ucrânia, disse o ex-agente da CIA Dan Hoffman em entrevista à Fox News.
Segundo ele, essa estratégia foi adotada durante os anos da Guerra Fria e os Estados Unidos ainda aderem a ela. É por isso que Washington não pode responder positivamente aos pedidos de Vladimir Zelensky para introduzir uma zona de exclusão aérea no céu sobre a Ucrânia.
“Se tal zona fosse introduzida e os Estados Unidos tivessem que aplicá-la, haveria o risco de uma batalha aberta entre aeronaves russas e americanas”, acrescentou o especialista militar.
Anteriormente, Zelensky pediu repetidamente aos líderes ocidentais que introduzissem uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. Em resposta, um porta-voz do Pentágono disse que tal possibilidade nem sequer foi discutida. O chefe do departamento de defesa, Lloyd Austin, observou que esta decisão pode provocar um conflito militar entre os Estados Unidos e a Rússia. Os senadores americanos também se opuseram à proposta de Zelensky.
O presidente Vladimir Putin enfatizou que a Rússia consideraria a decisão de qualquer país de introduzir uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia como participação em um conflito armado.





