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Walfrido Warde

O latifundiário nazista de Rondônia bancado pelo patrão de Boulos

Amigo e articulador de Guilherme Boulos, o advogado e presidente do IREE Walfrido Warde financiou lafundiário pistoleiro de Rondônia

─ Renato Farac, DCO ─ A esquerda que ficou chocada com as declarações do youtuber Monark que defendeu a liberdade de organização de um partido Nazista, deveria ler essa publicação para avaliar o que é o nazismo na prática.

O amigo íntimo e articulador político do psolista Guilherme Boulos, o advogado e presidente do instituto ligado a organizações imperialistas, o IREE, Walfrido Warde financiou a campanha eleitoral de verdadeiros nazistas no campo brasileiro. Um deles foi o deputado latifundiário e pistoleiro Rubens Moreira Mendes Filho (PSD) nas eleições para deputado federal em 2014. Moreira Mendes foi eleito deputado e já havia sido eleito senador pelo estado de Rondônia e um dos maiores representantes do latifúndio assassino do estado.

Pesquisando os dados sobre as campanhas eleitorais mais recentes encontramos uma doação absurda e em valores muito grandes para um organizador de milícias no campo contra trabalhadores sem terra em Rondônia. Walfrido Warde doou a quantia de R$40.711,50 em seu CPF e mais R$94.993,50 em nome de seu escritório de advocacia, totalizando R$135.705,00.

Lembrando que Rondônia é um dos estados onde os latifundiários atuam de maneira mais violenta contra trabalhadores sem terra e indígenas, organizando milicias fascistas e execuções sumárias. É o estado onde ocorreu um dos maiores e mais violentos massacres de trabalhadores sem terra que ficou conhecido como Massacre de Corumbiara.

Quem é Rubens Moreira Mendes Filho

Como um bom representante do fascismo de Rondônia, Moreira Mendes iniciou sua carreira política no partido de sustentação da ditadura militar, a Arena. Após a abertura do regime, a Arena trocou de nome para Partido Democrático Social (PDS), posteriormente, para Partido Progressista Renovador (PPR), depois para Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido Progressista (PP) e, hoje, Progressistas (PP). De todas essas legendas, Rubens Moreira fez parte de três, o PDS, o PPR e o PPB. Em seguida, em 1995, foi para o PDT, depois PFL, PPS, terminando sua carreira política – e vida – no PSD. O representante do latifúndio faleceu em 2018.

Para confirmar sua participação contra trabalhadores sem-terra, foi vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon). Entre 1989 e 1991, Mendes foi secretário da administração do Governo de Rondônia. Em 1999 ele entrou no Senado Federal por Rondônia e ocupou o cargo até 2003. Ele também foi deputado federal entre 2007 e 2010.

Também foi integrante da fascistóide bancada da Bala, formada por elementos da extrema-direita financiada pela indústria armamentista, que busca a legalização de armas para os cidadãos de “bem”, ou seja, somente latifundiários e pessoas abastadas. Em pesquisa realizada pela Agência A Pública, “Moreira Mendes recebeu R$90 mil da ANIAM (Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições), sendo o quarto parlamentar que mais recebeu doações”.

Inimigo mortal dos camponeses que lutam pela reforma agrária

Moreira Mendes sempre foi um defensor do latifúndio e um inimigo da luta pela terra, e nunca escondeu isso. Mas o político latifundiário de Rondônia, financiado por Walfrido Warde, é muito mais que isso.

Um episódio mostrou que o deputado era um defensor da liquidação dos camponeses através de mentiras para justificar um massacre realizado pela polícia aos moldes do que ocorreu em 1995 no chamado Massacre de Corumbiara.

Em 2008, a Revista Isto É, em matéria encomendada pela extrema-direita de Rondônia iniciou uma campanha de calúnias que resultou em assassinatos, torturas e mais violência contra os camponeses. A matéria publicada sob o título de “O Brasil tem guerrilha” apresenta a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia como um grupo de guerrilheiros, narcotraficantes, fortemente armados, que atuam na região ameaçando a população de Rondônia e que precisaria ser detida. Outras matérias foram escritas posteriormente sob o título de “Matança impune”, associando assassinatos a LCP e pedindo mais repressão.

A campanha surtiu efeito e serviu para uma enorme ofensiva em Rondônia contra a luta pela terra. E quem estava por trás dessa campanha suja? O Então deputado federal Moreira Mendes.

Após as matérias da Isto É, diversas audiências foram realizadas e o então deputado Moreira Mendes desferia ataques raivosos e acusações falsas exigindo mais repressão contra os camponeses que lutavam por um pedaço de terra para trabalhar.

As matérias da revista golpista Isto É e a atuação de parlamentares da extrema-direita latifundiária serviram para uma grande tentativa de massacre dos camponeses, em particular da LCP, que resultou em prisões arbitrarias, perseguições, violência e muitos integrantes da luta pela terra e lideranças da LCP assassinados.

Moreira Mendes representa o fascismo de verdade

Ao contrário do chilique da esquerda identitária, Monark não tem absolutamente nada de nazismo. Já o falecido ex-deputado e ex-senador Moreira Mendes é um exemplar do nazismo real.

Um defensor da campanha de calúnias para justificar massacres e assassinatos, um organizador de milícias de pistoleiros a serviço do latifúndio para reprimir e eliminar integrantes da luta pela terra, isso é o nazismo de Moreira Mendes e muitos outros elementos da extrema-direita latifundiária como Antônio Nabhan Garcia, Ronaldo Caiado entre muitos outros e que o estado de Rondônia é o exemplo mais claro dessa extrema direita que utiliza métodos nazistas.

Agora o que espanta é que o amigo e articulador da campanha de Guilherme Boulos, Walfrido Warde, financia elementos fascistas que massacram trabalhadores e há um silêncio dessa esquerda identitária chave de cadeia.

Mas se analisarmos o histórico do articulador político de Boulos, Walfrido Warde, não é de se estranhar que receba dinheiro do governo dos EUA através do NED (National Endowment for Democracy) para o seu IREE (Instituto para a Reforma das Relações entre Empresa e Estado (IREE), no qual Boulos trabalha como colunista e professor junto com os diretores desse instituto são Leandro Daiello (ex-chefe da Polícia Federal durante o golpe), Raul Jungmann (ex-ministro da Defesa de Michel Temer) e o general bolsonarista Sergio Etchegoyen (ex-chefe do GSI no governo Temer).

Fica claro que Walfrido Warde não tem nada de democrático e muito menos plural. Utiliza Guilherme Boulos como marionete para atingir seus interesses de substituir a esquerda com ligações com movimento de trabalhadores e a população, como Lula, para colocar no poder capachos do imperialismo. Não é por acaso que financia diversos elementos da extrema-direita que deram o golpe em Dilma e no PT em 2016, perseguiram lideranças do PT e prenderam Lula, e neste caso em elementos fascistas que utilizam métodos nazistas no campo contra a luta pela terra e suas principais organizações.

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