Na última semana, a Rússia tomou uma importante ação contra o imperialismo que ameaçava anexar a Ucrânia à OTAN, o que implicaria num cerco de tropas inimigas em todo o território russo.
A ação militar dos russos na Ucrânia, que neutralizou o seu aparato de guerra, particularmente nas nações separatistas da região do Donbass, gerou toda uma campanha criminosa por parte da imprensa capitalista. Com a insistência do imperialismo e do governo ucraniano, as tropas russas seguiram adiante e já tomaram até a capital Kiev. No momento atual, há a possibilidade muito real da derrubada do governo ucraniano.
Como a derrota do imperialismo é catastrófica, todos os veículos de comunicação da burguesia procuram mostrar a ação defensiva russa como “monstruosa” e transmitem desinformação diariamente para todo o povo.
É preciso responder a essa campanha mentirosa e mostrar que a esquerda revolucionária e a classe operária mundial apoiam a ação da Rússia contra o imperialismo. Por conta disso, o Partido da Causa Operária está chamando três atos simultâneos em apoio à ação russa. Os atos ocorrerão amanhã (dia 1 de março), em frente à Embaixada Russa em Brasília e nos consulados russos de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os endereços onde ocorrerão as manifestações são os seguintes:
- Brasília: Embaixada Russa – Setor de Embaixadas Sul Q.801 Lt.A
- Rio de Janeiro: Consulado Russo – Rua Professor Azevedo Marques, 50 – Leblon
- São Paulo: Consulado Russo – Av. Lineu de Paula, 1366 – Jardim Everest

A capitulação da esquerda
O posicionamento da esquerda nacional a respeito das questões que envolvem a luta dos países atrasados contra o imperialismo tem sido vergonhoso diante dos últimos acontecimentos. No caso atual, uma boa parte da esquerda se recusa a apoiar a luta do povo russo contra a OTAN, que procura usar a Ucrânia como bucha de canhão para ameaçar a Rússia.
O setor mais pró-imperialista tenta afirmar que Putin precisa “tirar suas garras” do povo ucraniano, demonstrando que lambem as botas do Tio Sam todos os dias sem pestanejar.

Outro setor procura disfarçar um pouco se colocando contra a Rússia e contra a OTAN, o que é absurdo, visto que não está colocada a questão dessa forma. Durante os últimos oito anos em que a Ucrânia esteve sob golpe de estado violentíssimo por parte de grupos de extrema-direita apoiados pelos EUA e seus associados, essa esquerda não falou nada sobre estar contra a OTAN ou contra o imperialismo. Aparecem apenas agora para se colocarem contra Putin e dizem ser contra a OTAN para enganar os incautos.
Há também os que se colocam, de forma totalmente infantil, contra a guerra e a favor da paz de modo geral. Estes dizem que Putin deveria tentar resolver a situação por meio do diálogo. A posição é completamente absurda, visto que Putin tentou dialogar com todos os líderes dos países imperialistas durante o último período e obteve de todos eles a mesma resposta: “Vá ‘pastar’! Nós iremos colocar as tropas da OTAN na região da Ucrânia e não tem como voltar atrás”. Diante dessa ameaça, a única coisa que Putin poderia fazer é exatamente o que fez.
O imperialismo é o maior inimigo dos trabalhadores
Não pode haver vacilo por parte da esquerda. A defesa dos interesses da classe trabalhadora passa pela luta contra o imperialismo. O principal inimigo dos trabalhadores é a burguesia imperialista, que oprime o mundo todo. E, neste momento, o imperialismo está muito enfraquecido, como ficou comprovado pelo caso do Afeganistão, da Nicarágua, do Cazaquistão, de Hong Kong e agora da Ucrânia. É preciso aproveitar a fraqueza do imperialismo e trazer toda a classe operária para essa luta.

Os militantes da esquerda verdadeiramente revolucionária e que defendem os interesses da classe trabalhadora não podem permitir que a esquerda pequeno-burguesa capituladora, e pró-imperialista, confundam o cenário político. A ação correta a se tomar é apoiar a ação russa de todas as formas possíveis, botando os ativistas e a população nas ruas e demonstrando esse apoio de forma prática.
Diante das últimas derrotas do imperialismo, já enfraquecido, está evidente que a reação dos donos do mundo será feroz, justamente para procurar manter sua sobrevivência. Diante disso, não se deve recuar. É preciso seguir em frente e procurar derrotá-lo em todos os campos possíveis. A situação russa deve ser aproveitada para agitar a classe operária brasileira e mundial e procurar impor derrotas à burguesia imperialista em seus países também. O Brasil é também um país oprimido pelo imperialismo, que impôs aqui um golpe de estado, colocando um governo anti-povo, o qual permitiu a morte de centenas de milhares de brasileiros para o covid e uma destruição da economia e das condições de vida da população.
Neste sentido, é preciso fazer com que os trabalhadores brasileiros compreendam que a mesma política que procura esmagar os russos é a que oprime e acaba com as suas condições de vida também em seu país. Os mesmos que estão dispostos a sair às ruas em defesa da candidatura de Lula para derrotar Bolsonaro e os golpistas devem sair para apoiar as ações de Putin contra o imperialismo.
Os atos nas embaixadas e consulados devem ser os maiores possíveis. É preciso demonstrar que o povo brasileiro não apoia o imperialismo e sua política criminosa. A posição reacionária dos outros setores da esquerda precisa ser questionada e posta em xeque. Ou eles estão com os trabalhadores e os oprimidos, ou estão com o imperialismo – não é possível estar dos dois lados e não é possível disfarçar mais.
O PCO convoca, então, todos a estarem nas ruas demonstrando que compreendem a importância da vitória russa nesta luta contra o imperialismo de Joe Biden, Macron e os outros líderes criminosos dos países os quais se consideram polícia do planeta. Devemos exigir toda a retirada das tropas da OTAN dos países ao redor da Rússia e a derrubada do governo nazista pró-imperialista da Ucrânia. É preciso defender o povo russo e o povo ucraniano dos crimes da extrema-direita financiada pelos EUA!



