Imperialismo agoniza

O xerife está no hospital! É hora da rebelião dos povos oprimidos

Síria, Afeganistão, Nicarágua, Hong Kong, Cazaquistão e agora Ucrânia: Estados Unidos vão colecionando uma derrota após a outra

Os acontecimentos dessa última semana, ocorridos na Ucrânia, destacam mais uma importante derrota do imperialismo. O país estava dominado por uma ditadura de extrema-direita, que deu um golpe de estado em 2014 com apoio dos Estados Unidos, estava sendo cogitado sua entrada na OTAN, o que levaria à instalação de milhares de tropas em sua região, todas com as armas apontadas para a Rússia. Ainda em 2014, começou uma ofensiva militar contra as repúblicas separatistas da região do Donbass, que só está em vias de se encerrar agora, e causou dezenas de milhares de mortos nesse período. 

Toda essa situação estava pressionando e ameaçando a sobrevivência da Rússia, que reagiu de forma rápida e habilidosa, desembocando numa operação militar que encerrou o problema com muita rapidez e eficiência. A maior parte dos países imperialistas não esboçou nenhuma reação militar, permitindo que o governo ucraniano fosse derrotado praticamente sem resistência. Embora a situação ainda não tenha se definido, ela caminha para esse desenlace.

O povo afegão, junto com Talibã, expulsou os norte-americanos

Algo muito semelhante ocorreu no Afeganistão, em que o Talibã, com apoio da população afegã, conseguiu expulsar o exército norte-americano, que ocupava o país já fazia 20 anos, desde que foi lançada a chamada “guerra ao terror”, durante o governo Bush. O fato foi surpreendente, um grupo de pessoas muito pobres, com pouco armamento, conseguiu botar para fora de seu país o exército mais poderoso do mundo. A derrota foi tamanha que o governo Biden quase foi derrubado. 

Naquele momento, o Partido da Causa Operária já apresentava uma análise sobre o impacto que a derrota para o Talibã traria para a política do imperialismo em todos os países do mundo. Era evidente que algo tão catastrófico encorajaria povos de todos os lugares a entrarem em enfrentamento com o imperialismo posteriormente. Com essa desestabilização da “polícia do mundo”, estava claro que os países atrasados iriam entrar numa ofensiva por seus territórios e por seus interesses.

A crise no Cazaquistão também tinha como alvo a Rússia

O mesmo ocorreu em diversos outros locais, mostrando que há uma dificuldade do imperialismo norte-americano de se impor política e militarmente A crise no Cazaquistão, no fim do ano passado, é outro exemplo disso. Manifestações de rua explodiram para protestar contra o aumento do preço do gás e com a clara finalidade de desestabilizar o governo cazaque. 

Posteriormente, descobriu-se que foi tudo impulsionado pelo imperialismo norte-americano, com a participação ativa da organização National Endowment for Democracy (NED), uma fachada da CIA, que financia e impulsiona golpes de estado em todos os países. Boa parte das revelações acerca desse episódio foram feitas principalmente pelo governo russo, que era o alvo final de toda essa operação. No fim das contas, o governo cazaque conseguiu controlar a situação, com auxílio da Rússia, inclusive. Foi outra tentativa frustrada de golpe de estado por parte do imperialismo.

Hong Kong e a tentativa de desestabilizar a China

O caso de Hong Kong é semelhante. Em março de 2019, protestos ocorreram reivindicando a sua independência e a expulsão da influência de Pequim sobre o território autônomo. Os protestos tinham aquela aparência de armação, com a presença, inclusive, de bandeiras britânicas e dos Estados Unidos. Era evidente que se tratava de mais uma tentativa de impor a política imperialista dentro do território chinês. 

Como reação a essa tentativa de desestabilização, o governo chinês criou uma Lei de Segurança Nacional, direcionada para os agitadores financiados pelo imperialismo e conseguiu controlar a situação. Mais uma derrota para os norte-americanos.

Na América Latina também há luta contra o imperialismo

O caso da Nicarágua, na América Latina, também obteve bastante destaque. Ao longo de 2018, o imperialismo impulsionou diversas manifestações visando a desestabilização do governo Ortega, levando o país, inclusive, a uma guerra civil. No entanto, os protestos foram sufocados e o governo se manteve. Ortega, inclusive, foi vitorioso nas eleições de 2020, enfrentando uma grande pressão do imperialismo, que acusou-o de fraude eleitoral e procurou fazer de tudo para sua derrota.

O caso da Venezuela também é digno de nota. Já são muitas décadas desde que o chavismo tomou o poder no país e lá se mantém até hoje. Foram diversas tentativas de golpe, primeiramente contra Hugo Chávez, e agora, contra Nicolás Maduro. A mais recente envolvia o reconhecimento de Juan Guaidó, que não foi eleito por ninguém, como o verdadeiro presidente do país. No entanto, isso não vingou e o governo Maduro se manteve, com amplo apoio popular até os dias de hoje. Representando uma importante resistência ao imperialismo na América Latina. O mesmo vale para a já mencionada Nicarágua e Cuba. 

A posição correta a se tomar diante dessa fraqueza

Uma observação sobre todos esses casos citados acima: a esquerda pequeno-burguesa brasileira, em praticamente todas essas ocasiões, adotaram a posição de apoio ao imperialismo. No caso do Afeganistão, que foi a derrota mais acachapante de todas, foi particularmente grave. Em uma suposta defesa dos direitos das mulheres se colocaram contra a vitória de um povo atrasado contra o imperialismo norte-americano.

É preciso, neste momento, celebrar e aproveitar todas essas derrotas do imperialismo. Os povos atrasados necessitam, e muito provavelmente irão, enxergar a oportunidade que é essa fraqueza e falência do domínio norte-americano e dos outros países donos do mundo. Foram citados diversos países que conseguiram expulsar o imperialismo ou pelo menos reagiram à sua tentativa de desestabilização por meio de golpes de estado.

O caso brasileiro é semelhante. Estamos diante de um golpe de estado impulsionado pelo imperialismo. Deve-se aproveitar a fraqueza do imperialismo e derrotar o golpe de estado, eleger Lula e eliminar do regime político todos os ataques à população, além de expulsar de lá os golpistas. Se o Talibã conseguiu, por que o Brasil não conseguiria?

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.