O imperialismo vive uma crise de proporções gigantescas. Isso já tinha sido exposto acima de qualquer dúvida na derrota sofrida no Afeganistão e agora ganha novos capítulos com a ação defensiva da Rússia na Ucrânia. Ação que tardou oito anos por parte dos russos, pois a população russa da região do Donbass já havia requerido oficialmente a integração de Donetsk e Lugansk à Federação Russa logo após o início da violenta perseguição que passou a sofrer desde o golpe de Estado de 2014, quando a extrema-direita abertamente nazista tomou a dianteira do processo golpista.
A libertação nacional dos países atrasados passa inevitavelmente por uma luta contra o imperialismo. O mesmo vale para a libertação dos povos de todo o mundo, incluindo os operários dos países imperialistas. O enfraquecimento da maior máquina de opressão que a humanidade já experimentou representa um alívio e também uma oportunidade valiosa para essas lutas de libertação.
No Brasil temos desde o golpe de Estado de 2016 governos que lambem as botas do imperialismo. É o caso hoje com Bolsonaro, mas com os golpistas da terceira via a submissão é a mesma. A candidatura Lula é a única que exprime um conteúdo de autonomia política, especialmente no terreno da política externa, onde o imperialismo usa diversos governos fantoche para avalizar o sufocamento imposto a países como Venezuela, Cuba e Nicarágua na América Latina.
Atualmente, nosso país está amarrado por uma série de acordos militares com os Estados Unidos, ficando submisso justamente ao país mais poderoso do imperialismo mundial. Acontece que as Forças Armadas do Brasil realizam exercícios militares com os maiores interessados em violar a soberania territorial do país. Violação que já ocorre e sob as barbas da lei, como na criminosa entrega da Base de Alcântara. Trata-se de estender um tapete vermelho ao pior inimigo da soberania nacional, colocando o país nas mãos do capitalismo parasitário dos dias de hoje sem opor a mínima resistência.
A valiosa lição que a Rússia está dando aos povos do mundo é que é possível enfrentar o imperialismo. Em defesa do Brasil e de todos os países atrasados que o imperialismo oprime, precisamos de uma campanha decidida em torno de pautas nacionalistas , que mobilize o povo nas ruas. De cara, é necessário exigir a revogação dos acordos de submissão militar do Brasil e a devolução imediata da Base de Alcântara.
Essa luta passa necessariamente pelo combate ao governo Bolsonaro, capacho do imperialismo, uma luta nas ruas e não meramente eleitoral como parte da esquerda optou em 2022. E por falar em capacho do imperialismo, não podemos deixar de fora os grupos financiados por agentes do imperialismo como a Fundação Ford, a Open Society, o NED (National Endowment for Democracy) e a Global Americans. Quem bebe nessas fontes, será usado contra os interesses nacionais.
Um Brasil autônomo será um importante aliado para as lutas de todos os povos oprimidos, sendo um apoio vital para os governos nacionalistas na América Latina. O combate aos embargos econômicos que afligem as populações de vários países só é possível se o Brasil puder agir com independência no terreno internacional. Abaixo o imperialismo!