Com mais um “cancelamento” do PCO, devido a nossa posição sobre o caso do Flow Podcast e Monark, ex-apresentador e dono do programa, os defensores da “máxima Popperiana” de que é preciso ser intolerante com os intolerantes, não aguentaram as diversas posições integralmente marxistas em defesa dos direitos democráticos e da liberdade de expressão irrestrita dos quais não abandonamos por princípio e luta.
Como marxistas não toleramos a censura, que no caso do Monark mostra bem de que lado veio, dos patrocinadores, da burguesia. Por defendermos os direitos democráticos, a esquerda pequeno-burguesa, identitária, acusa o PCO de machista, racista, homofóbico, ladrão, nazista e anti-semita.
Na questão “feminista”, as mulheres identitárias, ao contrário da sororidade que tanto pregam, chamam as mulheres do PCO de capachos, mulher-macho e toda sorte de tratamentos condenáveis para qualquer movimento que se diga à favor das mulheres. “Sororidade” é apenas para a mulher da Vila Madalena.
Ficam na caça às bruxas, na histeria, e ignoram os verdadeiros problemas das mulheres, a carestia, o desemprego, os maus-tratos no sistema carcerário, a jornada dupla de trabalho, a escravidão doméstica, etc. Se se importassem com esses problemas, saberiam que o Estado capitalista, o mesmo Estado para o qual pedem censura e mais repressão em nome de interesses “bons”, é o pior inimigo das mulheres. Ainda mais num Estado controlado pela extrema-direita, que ataca as mulheres na luta pelas suas liberdades individuais como o aborto, por exemplo.
Na questão da censura. Já imaginaram não poderem astear sua bandeira ou faixa com os dizeres de legalização do aborto, ou pela autodefesa e armamento das mulheres? Pois bem, essa realidade pode não estar muito longe com o governo de Jair Bolsonaro, inimigo das mulheres.
Vamos lembrar que a Igreja e os conservadores usam os mesmos métodos morais e histéricos dos identitários contra as mulheres que lutam por seus direitos. A “pouca” liberdade de expressão que hoje temos no país foi conquistada ao preço de muitos desaparecidos e mortos na recente ditadura que passou nossa nação. E agora querem entregar de bandeja, em nome da “luta contra o mal”, seja lá quem defina o que é “bom” ou não.
As mulheres não podem defender que os “Deuses da capa preta do STF”, que foram indicados para um cargo vitalício, decidam pelo povo brasileiro sobre “até onde vai essa liberdade”.
Por isso, deixamos aqui uma declaração da militante histórica do movimento operário internacional Rosa Luxemburgo: “os social-democratas no nosso próprio país, assim como no mundo, defendem o princípio de que a consciência e as opiniões das pessoas são coisas sagradas e intocáveis”.
Lutaremos com as forças de nossos princípios e repudiamos qualquer atitude do Estado, das direitas ou da esquerda pequeno burguesa contra as liberdades individuais, inclusive a liberdade de expressão.





