O Ministério da Defesa da Rússia informou, na manhã desta quinta-feira (24), ter realizado todas as tarefas militares para o dia. A declaração se refere a operação militar especial que se desencadeou na madrugada do mesmo dia na região do Donbass, antiga parte da Ucrânia, que formam duas repúblicas separadas, a República Popular de Lugansk (RPL) e a República Popular de Donetsk (RPD), recentemente reconhecidas pela Rússia, com as quais estabeleceu cooperação. Os alvos foram instalações de infraestrutura militar da Ucrânia, segundo o Kremlin, 83 delas foram desativadas. Os ataques permitiram também que as tropas da RPL a RPD avançassem de 6 a 8 quilômetros no território do Donbass, reivindicados por eles.
Embora estrategicamente seja um movimento de ataque contra a Ucrânia, trata-se de uma política de defesa, uma guerra defensiva. A operação militar da Rússia visa frear o avanço da OTAN no leste europeu, ameaça colossal a sua integridade, bem como a defesa da integridade das referidas repúblicas, de maioria russa inclusive, que reivindicam a independência nacional. Trata-se de uma política democrática, o reconhecimento da autodeterminação dos povos. As repúblicas de Donetsk e de Lugansk não são repúblicas artificiais, criadas com o objetivo de enfraquecer um país, mas uma questão latente desde a formação da Ucrânia como país independente após a queda da União Soviética; o movimento torna-se mais radical com o golpe de Estado na Ucrânia, apoiado pelo imperialismo Americano e Europeu, que levou a extrema-direita fascista ao poder daquele país.
Após o golpe na Ucrânia teve lugar uma guerra entre a está, sob o governo da extrema-direita fascista e nazista, que se tornava um enclave imperialista as portas da Rússia e as autoproclamadas repúblicas do Donbass, ante crise política, fomentada pelo imperialismo, que após o golpe endureceu a opressão contra o Donbass, foi firmado uma acordo mediado pela Rússia, acordo de Minsk, em que se reconhecia a autônoma das repúblicas, mas ainda não sua independência completa, dentre outros aspectos.
Desde aí o imperialismo estadunidense e europeu, que se colocou como aliados da extrema-direita nazista da Ucrânia, que subiu ao poder com um golpe de Estado n onda das chamadas revoluções coloridas, vem usando a Ucrânia para desestabilizar a região e ameaçar a integridade russa.
O imperialismo queria mesmo incluir a Ucrânia como membro da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), organização militar do imperialismo e assim dotar o país que faz fronteira com a Rússia de armamentos pesados e tropas desta organização, cercando assim a Rússia com o poderio militar do imperialismo. Não se trata de apenas de uma intimidação, a posição do imperialismo caso levasse armamento pesado para a Ucrânia as portas de Rússia, a deixaria em completa desvantagem militar, em maus lençóis.
Antes que a situação chegasse a esse desfecho, legítimo da parte da Rússia, Putin e o Kremlin uma saída diplomática para o impasse da entrada da Ucrânia na OTAN e a implementação do arsenal militar da organização imperialista no país, o imperialismo, principalmente americano, impediu todas as tentativas de acordos diplomáticos, incitando o governo Ucraniano a provocar a Rússia e a atacar as repúblicas de Donbass. Foi o próprio imperialismo que levou a situação ao desfecho. A Rússia, muito habilmente, teve de atacar para se defender, virando o jogo contra o imperialismo.
O projeto da OTAN de se expandir e fechar os mercados dos países atrasados, em especial a Rússia, submetendo-os a seus interesses, encontra agora uma barreira enorme, uma guerra de grandes proporções, incalculáveis e imprevisíveis, que expõe a debilidade do imperialismo mundial. Se decidirem continuar seu intento e atravessar a linha vermelha, com a expansão da OTAN, o custo pode ser grande demais, se recuam, expõe a todos os países atrasados do mundo que são fracos e não tem força para a travessia.
Apesar de o imperialismo realizar uma campanha internacional contra a Rússia, acusando-a de ferir tratados internacionais e a soberania da Ucrânia com um ataque militar, colocando-a como um potência em expansão – e há quem, inclusive na esquerda, aceite tal versão fantasiosa dos fatos – a ação militar Russa corresponde a uma ação de defesa ante grave ameaça, isto é, uma reação à política expansionista do imperialismo mundial.
E é de fundamental importância lembrar que não é a Rússia que se expande, mas o imperialismo que procura dominar o mercado e o próprio território dos países atrasados que não estão completamente submetidos ao imperialismo, isto é, que mantém uma política parcialmente independente, como a Rússia e a China. Colocado sob a influência completa do imperialismo, ocorrerá com estes países o que ocorreu com o nosso, e talvez de maneira ainda mais radical, golpe de Estado, devastação econômica, miséria e neoliberalismo. É contra este destino funesto que a Rússia e outros países se levantam e se rebelam.
A Rússia é um país atrasado que defende os seus interesses nacionais, da burguesia nacional em primeiro lugar e as conquistas sociais da população, ainda que sejam relativamente poucas as que sobraram após a debacle da União Soviética, quando o imperialismo conseguiu retalhar uma parte deste país e impor o neoliberalismo em muitas repúblicas da ex-URSS.
Assim, trata-se da luta entre uma burguesia nacional e toda uma população nacional contra o imperialismo mundial, os piores carrascos da humanidade, nessa luta não há espaço para abstenção, ou se está do lado da Rússia contra o imperialismo ou do imperialismo contra um país atrasado, é preciso tomar partido entre as duas forças em luta.
Para a classe operária e para os revolucionários do mundo todo não resta sombra de dúvida, a derrota do imperialismo mundial enfraquece todas as burguesias e fortalece a classe operária internacional. Todas as burguesias do mundo intenção a dominação das massas operárias no poder do imperialismo, quando uma burguesia nacional entra em confronto com o imperialismo, e mais, se sai vitoriosa toda a classe burguesa fica mais fraca e debilitada.
Todo apoio à Rússia e que reage às ameaças e ataques do imperialismo! Todo apoio às repúblicas do Donbass, pela autodeterminação dos povos! Abaixo o governo ucraniano, fantoche do imperialismo mundial! Fora OTAN da Ucrânia!