O Banco Bradesco, que figura entre os 5 maiores bancos de varejo em território nacional, como não poderia deixar de ser, obteve um lucro fabuloso no ano de 2021. Na comparação com o ano de 2020, obteve uma alta de 34,7%, um lucro líquido recorrente no valor de R$ 26.215 bilhões.
Os banqueiros nacionais, para manter os seus fabulosos lucros, além de extorquir toda a população, através dos juros altíssimos nos empréstimos, cheque especial, cartão de crédito, tarifas e serviços bancários, tem elevado a exploração dos trabalhadores bancários às alturas, com o arrocho salarial, aumento da carga horária, triplicando a quantidade de serviço, devido a falta de pessoal e, o mais grave, que tem levado a categoria à miséria com as demissões em massa.
No Bradesco, da mesma forma que os demais banqueiros, público ou privado, que demitiram no ano passado mais de 65 mil trabalhadores, fechou 2.301 postos de trabalho. É importante ressaltar que, essa quantidade de posto de trabalho encerrados, é parte de uma conta macabra. É o resultado da diferença do estoque de emprego formal de bancários em 2020, 89.575, contra esse mesmo estoque em 2021, 87.274. Isso significa que, toda essa mão de obra que foi jogada no olho da rua está sendo substituída por aqueles funcionários que permanecem na empresa realizando o serviço de dois ou mais trabalhadores.
A demissão em larga escala é uma das faces da política dos banqueiros golpistas em descarregar, sobre as costas dos trabalhadores, o ônus de toda a orgia financeira dos capitalistas levada às últimas consequências por um punhado de parasitas especuladores e inadimplentes (estes sim os verdadeiros devedores do país), que tem levado a economia nacional à falência.
Esses mais de 2 mil pais e mães de famílias, agora se somam aos milhares que foram demitidos em 2021, a maioria dos quais através dos famigerados Plano de Demissão “Voluntária” (PDV), comprovando que as PDVs são uma política patronal que abriu o caminho para as demissões em massa. Além disso, os dados das demissões sistemáticas revelam que elas não vão parar por aí. Uma categoria que contava com cerca de 800 mil trabalhadores, nacionalmente, na famigerada era de FHC, na década de 1990, hoje conta com um pouco mais de 470 mil.
Não há outro caminho para a categoria bancária que não seja a luta pela defesa dos seus empregos. Organizar um movimento nacional dos bancários, imediatamente, para barrar os ataques reacionários dos patrões. Preparar uma vigorosa campanha contra as demissões e o conjunto de medidas que visa liquidar com os direitos dos bancários, com plenárias nacionais, encontros regionais presenciais, com o objetivo de preparar a greve de toda a categoria contra as demissões.





