Em 4 de março de 2016, Celso Antônio Bandeira de Mello, advogado e professor de direito, levou um tremendo susto quando soube da ordem, do então juiz de primeira instância Sérgio Moro, que determinava que a Polícia Federal levasse o ex-presidente Lula para depor por meio de uma condução coercitiva, a intenção do ex-juiz suspeito era que Lula fosse levado para depor em Curitiba, mas não conseguiu. O que chamou a atenção e deixou o professor muito aborrecido é que Lula não havia recebido nenhuma, atenção, nenhuma intimação anterior para depor.
O mais absurdo foi o modus operandi da Polícia Federal, que fez um cerco digno de cinema à casa do ex-presidente, esta que foi revirada com Lula e seus familiares lá dentro, não havia nenhuma legalidade em tal ato, como após dois anos o próprio STF reconheceu.
Neste momento, o país chegava ao ápice da imprensa sensacionalista. “A condução coercitiva de Lula, juridicamente, não passa de um absurdo. Porque quem não se recusa a depor, quem não resiste a colaborar com a autoridade, não pode receber nenhuma condução coercitiva”, explicou o professor. “É um ato que equivale a uma confissão de medo, de pavor”, da burguesia brasileira de que Lula fosse candidato e ganhasse a eleição em 2018.
No ato dos fatos, o advogado de Lula, Zanin, afirmou que não houve intimação alguma ao ex-presidente e que não havia resistência em comparecer ao depoimento por parte de Lula. Ainda disse Zanin, “Isso colide frontalmente com a Constituição brasileira e com as leis da República. Hoje, não só o ex-presidente Lula e seus familiares foram vítimas de um desrespeito à Constituição. Na verdade, toda a sociedade foi”.
As mentiras estapafúrdias contra Lula sempre tinham um viés político, o uso abusivo e violento da Justiça, o famoso lawfare e que logo depois viria uma perseguição premiada.
Um dos integrantes da Lava Jato, o delegado Luciano Flores, foi promovido ao comando da PF do Paraná por Sérgio Moro, este que viria a ser Ministro da Justiça do governo Bolsonaro, assim se tornando o responsável pela prisão de Lula.
Mais uma arbitrariedade foi o caso da juíza substituta, Diele Denardin Zydek, que proibiu atos públicos próximos a sede da Justiça Federal, onde Lula seria ouvido em 2017 por Moro, que nas suas redes socias ele compartilhava diversas postagens contra Lula e o PT, em um de seus posts ela chegou a escrever: “E hoje a casa caiu para o Lula…”
Todo o plano para eleger Bolsonaro em 2018 não teria funcionado sem o apoio da PIG (Partido da Imprensa Golpista) que já havia sido informado da condução coercitiva um dia antes, é tão claro que isso realmente aconteceu, que no dia do acontecido houve uma imensa cobertura por parte da imprensa golpista.
Na madrugada daquele dia o editor-chefe da revista Época, esta que é da Globo, Diego Escosteguy, postou em suas redes sociais: “Quase duas da manhã. Poucas horas para um amanhecer que tem tudo para ser especial, cheio de paz e amor. Vamos observar com atenção as próximas horas. Elas não serão fáceis. Notícias concretas assim que possível…”
O agora pré-candidato à presidência pelo Podemos, insiste em acusar Lula, que agora está livre e apto para as eleições, Moro sentindo que a derrota da burguesia para Lula está próxima, começou a disparar acusações ao ex-presidente, sempre com o apoio da imprensa golpista.
Depois de ter sido chamado de “canalha” pelo ex-presidente Lula da Silva durante entrevista coletiva, o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro respondeu o petista via redes sociais. No post, Moro enfatiza que Lula será derrotado.