No dia 1º de novembro do ano passado, este Diário publicou um artigo assinado pelos companheiros Rui Costa Pimenta e João Caproni Pimenta mostrando as relações do líder psolista, Guilherme Boulos, com elementos da direita golpista nacional e empresários ligados ao imperialismo.
Trata-se do emprego de Boulos no Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), presidido pelo advogado/empresário Walfrido Warde, que também foi um apoiador das campanhas eleitorais do psolista. Os fatos expostos no artigo são públicos, embora as consequências políticas sejam ocultas pelos envolvidos, justamente porque não querem que se revele que um esquerdista apareça relacionado com figuras sinistras da burguesia e da direita.
Quem são essas figuras sinistras? Vejamos algumas delas. O general Sergio Etchegoyen preside o Conselho do IREE defesa, órgão do instituto, como o nome diz, especialista em questões de defesa e segurança. Etchegoyen foi chefe do Estado Maior do Exército durante o golpe de 2016 e, no governo Temer, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Inimigo declarado de Dilma Roussef, atacou a Comissão de Verdade para defender seu tio, Ciro Etchegoyen que consta como chefe da Casa da Morte de Petrópolis, centro de tortura clandestino durante a ditadura. Não há dúvida que Sergio Etchegoyen, companheiro de Boulos no IREE, é um elemento fascista.
Já o presidente do IREE Defesa é o ex-ministro de Michel Temer, Raul Jungmann, homem da intervenção militar. Nem é preciso ser um expert da política para saber que Jungmann é um dos principais homens do golpe de Estado.
O dono do IREE e empregador de Boulos, Walfrido Warde, tem uma empresa de advogacia que não é parte do instituto. Warde tem como sócio Leandro Daiello, que foi chefe da Polícia Federal durante o golpe de Estado de 2016, inclusive na época da condução coercitiva contra Lula.
Esses são apenas poucos nomes que fazem parte dessa rede da qual faz parte Guilherme Boulos. Qualquer pessoa de esquerda deveria olhar com desconfiança essas relações com personagens tão sinistros da política nacional. Boulos não explicou nada, apenas disse ser um instituto plural. Não tem como discordar disso; realmente muito plural um instituto que reúne um elemento apresentado como esquerdista radical e um defensor de torturadores é, mas a grande pergunta é: o que Boulos faz ali?
Essa pergunta Boulos e boa parte da esquerda, acostumada a esconder o debate político, não respondem. Por isso, jornalistas mercenários do blogue Diário do Centro do Mundo (DCM), Kiko Nogueira, Pedro Zambarda e Vinícius Segalla, apoiadores de Guilherme Boulos, passaram para as calúnias contra o PCO. Quando não se tem resposta, parte-se para o jogo sujo.
Boulos curtiu a postagem caluniosa do DCM. A histeria desses mercenários e de todos os envolvidos com Boulos é fácil de explicar: foram pegos de calças curtas diante dos fatos expostos.
Há outras relações reveladas pelo DCO, como as ligações do IREE com organizações imperialistas, mas deixemo-las para que os próprios artigos, listados abaixo, as revelem. Para ler tudo o que foi escrito sobre o tema, acesse aqui.





