─ Prensa Latina ─ O Complexo Industrial Biotecnológico CIGB-Mariel assume a produção de suas próprias vacinas anticovid, mais um passo para que Cuba continue avançando hoje com vistas à pré-qualificação dos imunógenos pela OMS.
A informação foi informada em sua conta no Twitter por Eduardo Martínez, presidente do Grupo de Biotecnologia e Indústrias Farmacêuticas (BioCubaFarma), decisão que prevê a adequação de toda a documentação necessária para envio à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Considerado um dos mais avançados da região e o mais moderno da ilha, o complexo localizado na Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel, na província de Artemisa, produz tratamentos contra câncer, diabetes, doenças autoimunes, infecciosas e vasculares cerebrais, entre outros.
Martínez afirmou na véspera na mesma rede social que não há impedimento ao uso dos imunizantes Abdala, do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, Soberana 02 e Soberana Plus, do Instituto Finlay de Vacina, da ilha e de outros países interessados.
Ele lembrou que os medicamentos têm autorização de uso emergencial do Centro de Controle Estadual de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos, entidade reguladora nacional de referência na região e reconhecida pela OMS.
Ele destacou que quase toda a população passível de ser imunizada contra a infecção no país recebeu os esquemas de três doses de Abdala e duas injeções de Soberana 02 e uma de Soberana Plus.
“Já estamos com o reforço, para combater a variante Ômicron do SARS-CoV-2, causadora da pandemia de Covid-19. Desde o início mantivemos a OPS / OMS informada sobre o progresso, temos um nível fluido de intercâmbio ”, acrescentou.
Em julho passado, representantes de instituições científicas cubanas conversaram com uma equipe da OPS / OMS em Havana sobre o avanço de suas próprias vacinas e a pré-qualificação da entidade internacional de saúde.
O lado cubano expressou seu interesse por esta condição e solicitou detalhes sobre os requisitos, objetivos e procedimentos.
A respeito deste assunto, José Moya, representante dessas organizações de saúde em Cuba, declarou na ocasião que já havia ocorrido um primeiro intercâmbio entre ambas as partes para falar sobre a pré-qualificação.
Além disso, ele sugeriu a organização de outro encontro virtual em breve para acompanhamento, com base no qual BioCubaFarma pode apresentar um pedido formal.