Hoje (12) é o grande dia de iniciar a luta, que irá durar por quase um ano, para que o companheiro Lula seja o próximo presidente da República.
Ao contrário do que podem pensar os setores da esquerda eleitoral (sejam o que se dizem democratas ou os que se passam por radicais), não se trata de uma luta meramente eleitoral. Por sinal, as eleições em si, embora fundamentais neste cenário, não são o principal.
A candidatura de Lula diferencia-se de todas as outras candidaturas por ser uma candidatura baseada na mobilização popular. O único capaz de fazer algo parecido é Bolsonaro, que tem a possibilidade de mobilizar sua base da classe média de extrema-direita. Mas Lula tem o povo, os trabalhadores da cidade e do campo, os pobres e oprimidos, ao seu lado.
É o que não conseguem esconder nem mesmo as pesquisas manipuladas e controladas pela burguesia. É o que mostram as ruas, os debates, as discussões cotidianas: o povo pobre e trabalhador quer Lula.
A esquerda combativa e organizada precisa utilizar essa reivindicação popular por Lula Presidente para impulsionar a luta geral de todos os trabalhadores. Em um momento de refluxo histórico do movimento operário, que ainda não se recuperou do duro golpe do choque neoliberal, a figura de Lula é a principal força motriz para colocar em movimento um poderoso exército de milhões de trabalhadores, descontentes e revoltados cada vez mais com Bolsonaro e com a direita golpista que lhes arrancou cada conquista alcançada nas últimas décadas.
Sobretudo, a candidatura de Lula é a expressão do sentimento popular e da vontade popular de acabar com o desemprego, a fome, a miséria, a inflação, a repressão que assolam milhões de brasileiros. O povo quer Lula no governo não para dar continuidade à aplicação da política neoliberal do golpe ─ política que, em menor medida, os próprios governos Lula aplicaram, entre 2003 e 2010.
Os trabalhadores querem Lula para que ele, como um legítimo representante de sua classe, combata a burguesia. Para que reverta as privatizações, nacionalize e estatize as principais companhias dos setores chave de nossa economia, para que invista pesado em saúde e educação, realize a reforma agrária, congele os preços dos produtos básicos, aumente o salário mínimo, diminua substancialmente o desemprego.
A classe operária quer Lula no governo para que governe para ela. E a única maneira disso acontecer ─ os trabalhadores sabem disso ─ é pressionando Lula, primeiro para que garanta sua candidatura, segundo para que ela seja uma candidatura apoiada senão exclusiva mas ao menos preponderantemente na mobilização radical do povo.
E para isso é necessário que as organizações representativas dos trabalhadores e dos oprimidos estejam nas ruas, realizando uma campanha de massas por Lula Presidente e um governo dos trabalhadores.
Assim, o PCO e todos os companheiros que integram o Bloco Vermelho fazem um chamado para que a classe trabalhadora compareça na Avenida Paulista neste domingo às 14h no grande ato nacional que será o pontapé inicial para uma campanha popular, de massas e combativa por Lula Presidente e um governo dos trabalhadores.