O Sindicato dos Servidores Municipais de Taquaritinga (SSMT) protocolou, no dia 16 de setembro, um ofício na Prefeitura Municipal que solicitava informações sobre a concessão de auxílio transporte ou ajuda de custo aos servidores que se deslocam até os distritos de Jurupema, Guariroba e Vila Negri para exercer suas funções.
A matéria publicada por este Diário no dia 15 de Setembro, “Servidores de Jurupema e Guariroba pagam para trabalhar”, denunciou a situação dos servidores que precisam se deslocar com seus próprios meios e recursos para trabalhar nos distritos. O artigo 121 do Estatuto Regime Jurídico dos Funcionários Públicos Municipais (Lei nº 1.1281970) prevê uma ajuda de custo para o funcionário que for designado para serviço fora do município.
Na cidade de Matão, vizinha de Taquaritinga, os servidores que trabalham no distrito de São Lourenço do Turvo recebem transporte da Prefeitura Municipal. Isto comprova a viabilidade da concessão de transporte ou ajuda de custo para os trabalhadores.
Por sua vez, o prefeito fascista Vanderlei Mársico (PSDB), após 3 meses, ignorou completamente o protocolo do SSMT. Além disso, Mársico ignora as reivindicações por reajuste, aumento salarial e melhoria das condições de trabalho do conjunto dos servidores municipais.
A matéria “Servidores municipais relatam abandono da educação infantil”, publicada em 21 de outubro, denuncia a situação precária da rede de educação infantil da cidade. Faltam equipamentos para atendimento às crianças (brinquedos), a infraestrutura das escolas está deteriorada, o que inviabiliza o atendimento pedagógico de qualidade, e os salários são cada vez mais baixos. As escolas têm de fazer rifas para conseguir dinheiro para reparos e os educadores, submetidos a forte pressão, desenvolvem problemas psicológicos.
Os salários dos servidores de Taquaritinga são, em geral, muito baixos. A inflação, resultado da política econômica neoliberal do governo Jair Bolsonaro (PL), tem corroído diariamente o poder de compra dos salários. A reivindicação de reposição da inflação e aumento salarial se faz absolutamente necessária para impedir que os servidores sejam lançados à pobreza e tenham dificuldades inclusive para sobreviver.
Sobre a situação dramática da população da cidade – particularmente da classe operária urbana e do proletariado rural – Mársico declarou no programa Taquaritinga Presta Contas, edição de 10 de dezembro, transmitido pela rádio de sua propriedade (Rádio Canal Um), que quem quiser reclamar dos preços altos dos serviços de água e esgoto prestados pelo SAAET, dos preços dos combustíveis, gás e IPTU (Mársico quer aumento de 10% do imposto predial) deve “voltar a morar no sítio. Aí você faz uma fossa, você não vai pagar esgoto. Você faz uma cisterna e deixa a fossa contaminar a água, você não precisa pagar água.Você não precisa comprar gás, você tem um fogãozinho a lenha. Se você quer uma qualidade de vida melhor na cidade, isto tem custo, ou não tem? Então nós temos que fazer a cidade andar com os recursos dos próprios taquaritinguenses”.
As palavras de Mársico expressam a concepção de um típico coronel bolsonarista e oligarca, completamente insensível à situação de vida da população trabalhadora. Este é o motivo do prefeito fascista ignorar as reivindicações dos servidores , manter a tarifa da água extremamente cara, a infraestrutura pública – escolas, postos de saúde – deteriorada e os salários baixos e insuficientes para uma vida com a mínima dignidade. Vale destacar que os salários dos seus cupinchas e burocratas no poder público são muito superiores aos dos servidores.
É preciso que o SSMT e os partidos de esquerda organizados na cidade (PT, PSOL, PCO) impulsionem a mobilização dos servidores públicos contra o governo Mársico em defesa de seus salários e condições de vida. É preciso exigir um salário mínimo vital (R$ 5.600,00) que garanta condições mínimas de vida para os trabalhadores; escala móvel de salários, com reajustes trimestrais de acordo com a inflação, para preservar o poder de compra dos salários; um plano de obras públicas e escala móvel das horas de trabalho para acabar com o flagelo do desemprego; proibir os cortes de luz e água; garantir os investimentos necessários no serviços públicos de educação, saúde, assistência social para atender a população com qualidade; auxílio emergencial de pelo menos 1 salário mínimo para todos os desempregados. Por fim, Fora Bolsonaro e Lula Presidente, por um Governo dos Trabalhadores da cidade e do campo.