Na última quarta-feira (1/12), o companheiro Rui Costa Pimenta foi convidado a participar do programa Pânico, da Jovem Pan. Este veiculo de imprensa, tradicionalmente considerado de direita bolsonarista, no lugar de promover um debate acirrado contra o presidente do PCO, receberam o partido com grande deferência. A positividade do debate podia ser vista também nos comentários do chat. O clima geral era o que disse um dos telespectadores, “eu não gosto da esquerda em geral, mas admiro muito o PCO”.
Essa pode ser considerada a pessoa de direita. Um trabalhador descontente com o sistema em geral, que, na ausência de uma esquerda grande que cumpra a função de aglutinar o setor antissistema da classe trabalhadora, acaba se dirigindo para a extrema-direita bolsonarista. Na realidade, a única esquerda antissistema é o próprio Partido da Causa Operária, que tem ganhado uma grande notoriedade pela defesa da liberdade de expressão, do armamento do povo e do combate a política identitária do restante da esquerda.
Um dos tópicos da discussão no programa foi exatamente a questão do restante da esquerda. Nesse momento, o companheiro Rui deixou claro a grande diferença que separa o PCO dessa esquerda parlamentar. O apresentador do programa, inclusive, criticou a cultura do cancelamento da esquerda pequeno burguesa. Um dos principais elementos de repulsão da esquerda em relação à classe trabalhadora.
A popularidade da política do PCO ficou ainda mais clara após o término do programa, quando o vídeo atingiu a marca de 330 mil visualizações em menos de um dia. Os 1300 comentários no vídeo, também, demonstraram o apoio ao partido e o reconhecimento da sua diferença do restante da esquerda. Essa característica fundamental, levou, inclusive, a um grande crescimento no número de seguidores do perfil do companheiro Rui no twitter, além do aumento do número de inscritos da COTV.
Essa receptividade contrasta com as campanhas de intrigas realizadas pela burguesia e pela esquerda pequeno-burguesa na imprensa. A grande divulgação das calúnias contra o partido nos grandes meios de comunicação no momento da briga com o PSDB, por exemplo, mostra que o partido tem uma política que se opõe frontalmente ao da burguesia. Nesse mesmo momento, também pode ser visto o descontentamento da esquerda pequeno burguesa em relação a expulsão do PSDB dos atos. No momento em que as manifestações Fora Bolsonaros cresciam e a esquerda tentava infiltrar a direita nos atos, portanto, ficou clara a diferença de interesses entre a população e desses elementos aliados ao PSDB e a direita em geral.
No conflito com o PSDB, as redes sociais mostraram a sua posição. O PCO era grandemente defendido, enquanto o PSDB fazia uma campanha demagógica clamando por uma suposta “democratização” das presenças nos atos. essa falsa democracia propalada pelo PSDB, contudo, contrastava com a defesa desses partidos da censura a expressão de posições polêmicas por parte da direita bolsonarista. Nesses momentos, novamente, era o PCO quem defendia incondicionalmente a liberdade de expressão. Esse fato, levou a um grande número de pessoas que se diziam de direita liberal, como os ancaps, a defenderem posições do partido.
Para alguns, a defesa de setores da direita ao PCO é a demonstração de que o partido se aproxima do bolsonarismo. Na realidade, contudo, esse fato demonstra que o partido se aproxima da posição geral dos trabalhadores que estão descontentes com o sistema de opressão em que vivemos. Nesse sentido, o Partido é um partido dos trabalhadores de todos os tipos.