Em entrevista à Folha de S. Paulo, Kely Nascimento, filha de Pelé, respondeu a calúnias fomentadas pela imprensa golpista contra o maior jogador de futebol de todos os tempos.
Com opiniões acerca de vários temas da atualidade, Kely não mede as palavras ao defender o pai. Para Ela, Pelé “fez muito só por existir”. Kely, ciente do esforço da imprensa golpista em desmoralizar a figura de Pelé, rebate aos questionamentos do jornalista com argumentos concretos. Logo a imprensa capitalista, porta-voz dos interesses do imperialismo no Brasil, apresentando-se como defensora do progresso social, crítica das posições políticas de um jogador de futebol? Em se tratando do Partido da Imprensa Golpista (PIG), não há limites para a perfídia e o cinismo.
Dentre as perguntas feitas à filha de Pelé, uma delas foi a demonstração clara da tentativa de submeter o histórico incomparável de Pelé aos seus posicionamentos políticos. Embora Pelé não seja nenhum político, para atacar o maior representante do futebol brasileiro, vale tudo.
“Você concorda com as críticas de que seu pai não se posiciona?”, perguntou o jornalista. “Seria um mundo maravilhoso se o Pelé fosse o Pelé e também fosse super ativista. As pessoas gostam de comparar ele com o Muhammad Ali. Seria interessante comparar com o Cassius Clay [nome de Ali antes de se converter ao islamismo]. Aí você vai ver a cultura de onde meu pai foi formado como pessoa e a cultura onde o Cassius Clay foi formado. A educação, as influências, os exemplos de ativismo. O Cassius Clay, claro, tinha uma alma ativista. Mas é diferente estar em um país democrático que tem um governo que está agindo de um jeito não democrático do que em um país com um governo militar. Então, para te responder, concordo com a frustração atrás das críticas e concordo também que ele [Pelé] fez muito só por existir”.
“Seria o máximo se quando mais jovem ele tivesse uma influência que o tornasse um super ativista, seria ideal, mas se você ver pela lente do Brasil de 1960… Não é muito difícil entender. Até recentemente, o esporte era o único jeito que uma pessoa como o meu pai podia ver o mundo. Tenho muita gratidão por ele ser negro. Um negro que saiu do Brasil representando o país, isso é muito forte.”, complementou Kely.





