O dia 7 de novembro marca o aniversário da Revolução Russa de 1917, a primeira revolução proletária de toda a história.
Nesse 7 de novembro de 2021, a vanguarda operária e popular do Brasil encerrou a Plenária Nacional Fora Bolsonaro – Lula Presidente, em São Paulo.
Cerca de mil ativistas e militantes de todo o País se reuniram para discutir e deliberar sobre os rumos do movimento Fora Bolsonaro, da luta contra o regime golpista e por um governo dos trabalhadores.
Esteve junto, durante todo o fina de semana, o setor mais consciente da esquerda nacional, como lembrou o presidente do PCO, companheiro Rui Costa Pimenta.
Operários de diversas categorias, sem terra, sem teto, indígenas, negros, mulheres, estudantes, LGBTs organizaram grupos de discussão e deliberaram propostas que foram apresentadas em plenário para aprovação do conjunto dos presentes.
Os principais debates e conclusões geraram em torno da necessidade da luta pela derrubada de Bolsonaro pelo povo, da derrota do golpe e da eleição de Lula à presidência da República.
Para conseguir esses resultados, somente a mobilização radical de todos os oprimidos. Assim, um programa comum foi proposto, com as principais reivindicações dos explorados, tanto no que tange à luta imediata pelo Fora Bolsonaro como no que se refere a medidas a serem tomadas por um futuro governo dos trabalhadores.
A derrogação das privatizações, estatização das empresas, fim do vestibular, legalização do aborto, armamento dos indígenas, fim da PM, reforma agrária e urbana, salário mínimo digno e outras propostas foram apresentadas e aprovadas, demonstrando que essa plenária foi, realmente, um evento democrático e representativo dos reais interesses e exigências da população pobre e oprimida.
A aprovação de propostas que mexem na raíz dos problemas nacionais, propostas classistas, democráticas e populares, revela também a radicalização das bases trabalhadoras da cidade e do campo.
Aqueles que estão nas ruas há meses, mesmo desde o ano passado, quando as direções descansavam em casa, debaixo da cama, sob a desculpa da pandemia, fechando sindicatos e desmobilizando o povo, estão fartos da paralisia e da conciliação.
Voltarão para seus estados e cidades decididos em permanecer na luta até o fim. Na luta pela derrubada de Bolsonaro, pela derrota do golpe e pela construção de um governo dos trabalhadores, sem direitistas, sem patrões, sem golpistas e capitalistas.
Esta plenária é um grito das bases para as direções. Se continuarem traindo os trabalhadores, estes continuarão se organizando para passar por cima dessas traições.
As direções encerraram o movimento Fora Bolsonaro em 2 de outubro e não marcaram mais ato nenhum. Na plenária, foi decidido que, as bases por si próprias, mesmo sem o apoio das direções, realizarão um novo ato nacional por Fora Bolsonaro e agora também por Lula Presidente. Ele ocorrerá no dia 12 de dezembro, em São Paulo.
No final do ano, quando os burocratas que capitulam diante das pressões e acordos com a direita usam as festas e as férias para paralisar o movimento, as bases trabalhadoras dizem: iremos continuar na luta!
E, assim, abrem caminho para a construção de um 2022 de lutas intensas, de agitação e mobilização de amplas massas, de desestabilização do regime, de enfrentamento direto e radical contra o fascismo, a direita, a burguesia e o imperialismo.
Em direção ao estabelecimento, na marra, de um governo dos trabalhadores.