É preciso denunciar o atual ataque dos EUA à Cuba.
Desde o dia 11 de julho, quando foram noticiados protestos em várias cidades, Cuba sofre um violento ataque do imperialismo contra a Revolução e suas conquistas. Amplamente divulgado pelas mídias tradicionais como um protesto da população contra o regime cubano, logo ficou evidente, e comprovada, a manipulação do governo dos EUA por trás desses eventos.
De lá para cá, o ataque prossegue e se escancara como um movimento dirigido pelo governo dos EUA, com apoio e a pressão dos contrarrevolucionários cubano-americanos de Miami, que exercem importante influência política em Washington.
Um novo ataque está programado para o dia 15 de novembro, data em que Cuba se prepara para a retomada das aulas presenciais para crianças – já vacinadas – e para a reabertura do país ao turismo. Para esse dia, os contrarrevolucionários, com o aval e o suporte, inclusive financeiro, do governo do EUA, preparam uma marcha contra o governo revolucionário, atualmente presidido por Diaz-Canel.
Trata-se de mais uma tentativa de desestabilização do regime cubano, como muitas das que aconteceram desde a vitória da Revolução, em 1959. É o tipo de ataque que claramente segue os manuais das guerras não-convencionais, promovidas pelos EUA em diversos países (no Brasil, por exemplo) para desestabilizar governos e obter conquistas que atendam aos seus interesses, sem disparar um único tiro.
Em julho, ficou comprovada a ação de contrarrevolucionários de fora de Cuba para a organização e o estímulo aos protestos que aconteceram naquela ocasião. Da mesma forma, em novembro, são os cubano-americanos de extrema direita que tentam promover uma suposta marcha de protesto, agendada para o dia 15, em Cuba.
Com a desfaçatez habitual, o governo estadunidense se pronunciou em tom ameaçador, dizendo que se o governo cubano não permitir que o “povo cubano” proteste nessa data, novas sanções serão impostas ao país, além do criminoso bloqueio, que já dura quase sessenta anos.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, vem denunciando ao mundo a ligação dos organizadores de tal protesto com conhecidos grupos terroristas com histórico de ataques à Cuba, como a Fundação Nacional Cubano-Americana, com o aval e até mesmo o apoio do governo estadunidense.
Cinicamente, o governo Biden faz declarações em defesa do “direito ao protesto” por parte do povo cubano na sua reivindicação por “mudanças” e em busca de solução pelas dificuldades econômicas atuais. Ora, se quisesse de fato socorrer o povo cubano, a primeira ação deveria ser a suspensão de ao menos algumas das duzentas e quarenta e três medidas de acirramento do bloqueio levantadas pelo governo Trump e que seguem mantidas na sua administração. Em conjunto com a crise provocada pela pandemia e a consequente suspensão do turismo internacional – grande fonte de renda dos cubanos -, é sabido que a principal barreira ao desenvolvimento econômico do país, causando grandes transtornos à vida da população cubana, desde 1962, é o bloqueio imposto pelos EUA, que interfere nas relações comerciais de Cuba com todos os países, aplicando sanções a quem negociar com os cubanos. Medida arbitrária e unilateral, o bloqueio tem sido condenado sistematicamente por praticamente todos os países e, no entanto, os EUA insistem na sua manutenção.
Desde a década de 1960, os EUA atuam no sentido de estrangular a economia cubana com o objetivo de promover o descontentamento do povo com o governo revolucionário, e assim provocar o fim do regime socialista. Como até hoje fracassou nesse propósito, o bloqueio segue e, agora, aproveitando-se das dificuldades trazidas pela pandemia de covid-19, tenta mais uma vez alcançar a desestabilização e provocar o caos por meio da promoção de “protestos populares” para justificar uma suposta “intervenção humanitária” em Cuba, o que nós sabemos que é um eufemismo para uma ocupação militar do país. Esse é o desejo manifesto publicamente por alguns cubano-americanos, que pedem interferência militar em Cuba, para alcançar o seu tão sonhado fim da Revolução cubana.
Diante da atual situação e da marcha agendada para 15 de novembro, o governo cubano já anunciou que não tolerará atividades consideradas anticonstitucionais, pois estão sendo promovidas por forças externas com a finalidade de afrontar as instituições nacionais. Em nenhum país do mundo esse tipo de atitude seria tolerado, mas para o governo Biden Cuba terá que aceitar, em nome do tal “direito democrático” ao protesto.
Na semana passada, veio à público a denúncia sobre um esquema de corrupção no famoso prêmio musical estadunidense, o Grammy Latino. Foi descoberto o oferecimento de propina, no valor de um milhão de dólares, para o favorecimento à música “Patria y vida”, canção que se tornou o símbolo dos contrarrevolucionários cubano-americanos. Muito difundida, o título faz menção ao lema criado por Fidel em defesa da Revolução, “Patria o muerte”. Além disso, a empresa responsável pela promoção da referida canção aparece como envolvida no caso “Pandora Papers”.
Cuba está sob claro ataque do governo Biden. É preciso denunciarmos o que se passa. O governo cubano segue firme na defesa da Revolução e o povo cubano está disposto a enfrentar o imperialismo, como vem fazendo desde 1959.
É nosso dever ajudarmos a denunciar esse desrespeito à soberania cubana e o direito do seu povo a lutar por um governo socialista e as suas conquistas. Como de hábito, a mídia tradicional, submissa aos interesses imperialistas, não o fará. Só temos os meios alternativos para essa denúncia. É hora de mostrarmos nossa solidariedade à Cuba e às conquistas do governo socialista. Viva a Revolução Cubana! Viva Fidel!
A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste diário.