Dados da pesquisa do Emprego Bancário, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), feita neste mês de outubro, revela que a política dos banqueiros de descarregar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores, com o objetivo de manter os seus astronômicos lucros, continua a todo o vapor.
Nos últimos 12 meses, segundo a mesma pesquisa, os banqueiros eliminaram mais de 9 mil postos de trabalho, demissões essas que aconteceram em plena pandemia quando, os banqueiros, na maior cara dura, passaram por cima do acordo firmado com as organizações dos trabalhadores em não demitir enquanto durasse a pandemia, ou seja, jogaram no olho da rua milhares de pais de famílias justamente num período de profunda crise, agravada pela pandemia do coronavírus.
Para executar tal política os bancos vêm adotando a tal famigerada reestruturações, que acontecem em praticamente todos os bancos, com o fechamento de agências e dependências bancárias e, em consequência gerando essa onda gigantesca de demissões na categoria.
Recentemente, se utilizando dessa mesma artimanha, os banqueiros do Banco Mercantil, com a justificativa de transformar agências bancárias em postos de atendimento, demitiu dezenas de trabalhadores no país inteiro.
É claro que a justificativa, dos banqueiros golpistas da direção do Mercantil, de contenção de gastos, não tem nenhum fundamento, já que o banco nos últimos seis meses, mesmo com a pandemia, obteve um dos maiores lucros da sua história, no valor de R$ 100 milhões.
É necessário barrar mais essa ofensiva reacionária dos banqueiros, que se utilizam da miséria e da superexploração dos trabalhadores para enriquecer meia dúzia de banqueiros e capitalistas parasitas.
A única forma para barrar tal ofensiva é organizar uma ampla mobilização que unifique todos os bancários, com a organização de comitês de luta em todos os locais de trabalho com o objetivo de preparar paralisações da categoria.
Para enfrentar essa situação, é necessário um plano de lutas dos bancários do Mercantil e de toda a categoria que deve estar articulado com a luta para derrubar o golpe, que tem como fundamento um vigoroso ataque às condições de vida das massas para beneficiar um punhado de parasitas capitalistas em crise.