Na manhã desta quinta-feira (14), camponeses do MST e da Via Campesina realizaram um protesto em frente à sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), em Brasília.
Os manifestantes adentraram o jardim do prédio e picharam as paredes e muros do local frases como “Bolsonaro é fome, Aprosoja é fome” e “Fora Bolsonaro”, além de pendurarem faixas e bandeiras. Alguns arremessaram objetos contra o prédio.
A manifestação faz parte da Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome. As ações ocorreram em cinco regiões do País.
O ex-ministro do Meio Ambiente, tchutchuca dos latifundiários e mineradoras, Ricardo Salles, mostrou o incômodo da direita com a ação, acusando os militantes camponeses de “vagabundos” e “terroristas”. Com seus robôs e funcionários pagos, a direita conseguiu levar o termo “terrorismo” para os trending topics do Twitter em determinado momento do dia.
O incômodo da direita, e os métodos utilizados no ato em Brasília, expressam o radicalismo dos militantes do MST ─ mesmo que, ainda, embrionário ─ em comparação com outras ações meramente publicitárias da esquerda pequeno-burguesa, como os desfiles do MTST de Boulos na Bovespa ou na casa do fascista Eduardo Bolsonaro.
A ação dos militantes do MST, no entanto, foi basicamente simbólica ─ como reconhece a própria organização. O que os camponeses sem terra precisam fazer, urgentemente, é ocuparem os latifúndios, formarem comitês de autodefesa e lutarem pelo direito ao armamento.
É preciso ampla solidariedade e apoio concreto da esquerda aos sem terra na luta por verdadeiras reivindicações dos camponeses e do povo pobre, particularmente a reforma agrária. Aprofundar e radicalizar a luta, pelo fim do latifúndio e por terra para quem nela trabalha.