Nesta semana, mais um ataque ao patrimônio histórico e arquitetônico do povo brasileiro foi proposto pela direita. A Comandante Nádia, vereadora do DEM (Democratas), antigo ARENA e depois PFL, partido que deu sustentação à sangrenta ditadura militar no Brasil (1964-1985), apresentou na Câmara de Vereadores de Porto Alegre (RS) uma proposta de revogação do nome do Memorial Luís Carlos Prestes, um dos grandes personagens comunista da História do Brasil. O projeto de ataque, cuja base fora um rejeitado projeto de lei apresentado pelo ex-vereador Wambert Di Lorenzo, empatou na Comissão de Urbanismo, Transporte e Habitação(Cuthab), devendo ser encaminhado para o plenário, indo em seguido para aprovação do prefeito Sebastião Melo(PMDB). A proposta dos golpistas seria mudar o nome para Memorial Cidade de Porto Alegre.
Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, o monumento fora construído para homenagear Prestes, gaúcho nascido em 3 de janeiro de 1898, líder da Coluna Prestes e um grande militante político muito influente no movimento comunista da primeira metade do século XX. O monumento de arquitetura moderna começou a ser construído em 1998 e fora inaugurado em outubro de 2017.
Em sua justificativa para a mudança de nome, Nádia disferiu ataques ao líder comunista que lutou pela liberdade e justiça social de seu povo. “Ora, como pode um militante que agia em total oposição ao regime democrático vir a ser rememorado por este próprio regime?”, questiona a bolsonarista e anticomunista do DEM.
Esse é o DEM, um partido fascista que elegeu Bolsonaro e apoia as pautas destruidoras do governo federal contra o povo e o país, e a esquerda parlamentar, pequeno-burguesa, como PSOL e PC do B, está querendo trazer para os atos contra Bolsonaro no próximo dia 2 de outubro. Trazer DEM, PDT, PSDB e outros partidos de extrema-direita e do centrão é abrir espaço para que eles sabotem os atos e fortaleçam o próprio Bolsonaro, cujo projeto é acabar com os socialistas, a esquerda, a história, a memória e o legado do país e, através das privatizações, entregar todo seu patrimônio ao capital financeiro internacional, nos legando a uma condição de semicolônia. Para derrubar Bolsonaro, uma frente popular, sem qualquer golpista e bolsonarista, é indispensável.