No sábado, 11 de setembro, a polícia federal americana (FBI) tornou público um memorando cujo conteúdo levanta suspeitas sobre um possível envolvimento do governo da Arábia Saudita nos atentados ao World Trade Center.
O documento é datado de 4 de abril de 2016 e revela os contatos entre o ex-estudante Omar al-Bayoumi, suspeito de ter ligações com os serviços de inteligência sauditas, e dois membros da Al-Qaeda que planejaram os ataques em Nova Iorque. Uma série de entrevistas realizadas entre 2009 e 2015 detalha os encontros de Omar com dois dos sequestradores dos aviões, Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar, depois que estes chegaram ao sul da Califórnia no ano de 2000.
Ainda há muitas dúvidas e questionamentos sobre o 11 de setembro, mesmo após 20 anos do acontecimento. Muitos documentos são secretos e inacessíveis ao público. Contudo, a política de Guerra ao Terror, deflagrada pelo ex-presidente George W. Bush (Partido Republicano), mudou o panorama geopolítico no mundo até os dias atuais.
Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão (2001) e o Iraque (2003). As tropas americanas estacionadas nestes dois países permitiram o assédio militar permanente à República Islâmica do Irã, um governo de tipo nacionalista burguês que se choca com os interesses do imperialismo norte-americano.
Por sua vez, Arábia Saudita -que está no memorando publicado – é um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Esta nação intervém nos demais países da região com o intuito de salvaguardar os interesses americanos. Basta citar os bombardeiros ao Iêmen.
Uma ideologia reacionária de tipo religiosa (wahabismo) é a doutrina oficial do regime político saudita. As mulheres têm uma série de direitos democráticos negados. No entanto, ninguém fala nada, pois os sauditas são aliados do imperialismo mundial e norte-americano em particular. O grande inimigo das mulheres na região é o Talibã, segundo determina a cartilha da imprensa imperialista que é repetida pela esquerda pequeno-burguesa.
Os sauditas são aliados e o Talibã são inimigos dos Estados Unidos. Isto é o motivo de haver uma campanha tão grande contra os segundos e nada ser dito sobre os primeiros. O que demonstra que a questão da mulher não passa de um pretexto do imperialismo para ocultar seus verdadeiros interesses intervencionistas no Oriente Médio.
O Talibã derrotou de armas na mão o imperialismo que manteve a maior campanha militar de sua história no Afeganistão. A política de Guerra ao Terror foi o pretexto dos Estados Unidos para invadir o país da Ásia Central e atuar para modificar a situação política em favor dos seus interesses na Ásia Central e no Oriente Médio.
O PCO sempre esteve ao lado das forças que lutam contra o imperialismo, independentemente de sua ideologia. Qualquer derrota do imperialismo, em qualquer lugar do mundo, é uma vitória dos povos oprimidos. O enfraquecimento do imperialismo é o caminho da revolução mundial.