Pelo segundo dia consecutivo as cerca de 4 mil mulheres que estão acampadas em Brasília para realizar a 2° Marcha de Mulheres Indígenas estão sendo ameaçadas e impedidas de realizar sua marcha e de acompanha a votação do Marco Temporal em frente ao Supremo Tribunal Federal em Brasília.
As ameaças vêm dos bolsonaristas que estão em Brasília apoiando o presidente fascista numa clara intimidação ao movimento indígena e para favorecer o latifúndio retirando a pressão dos povos indígenas sob os ministros do STF na votação do Marco Temporal. As ameaças também ocorreram antes da marcha onde vídeos eram disseminados com ameaças as mulheres e que pretendiam “tirar sangue de indígenas em Brasília”.
“As mulheres não saíram hoje em marcha como estava previsto porque decidiram que o mais importante seria resguardar vidas. Elas não deixariam as crianças no acampamento e principalmente por isso tomaram essa decisão”, afirma Braulina Baniwa, da Terra Indígena Alto Rio Negro, de São Gabriel da Cachoeira (AM).
Os bolsonaristas cercaram o STF para pressionar a aprovação do Marco Temporal ou impedir sua votação e os ministros adiarem mais uma vez para que os latifundiários ganhem tempo para negociar com o STF e desmobilizar mais uma vez os milhares de indígenas que estão em Brasília.
Diante dessas ameaças é preciso radicalizar a luta contra o Marco Temporal e a PL 490, e enfrentar a direita latifundiária. A esquerda e suas organizações, movimentos de luta pela terra e por moradia, sindicatos tem que entrar na luta dos povos indígenas e unificar todo o movimento pelo fora Bolsonaro e na luta pela reforma agrária.
É preciso um grande movimento, não com MBL e o PSDB que atacam os indígenas, e unificar a luta nas ruas para enfrentar o fascismo.
Todo apoio aos indígenas e a luta pela terra!
Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
Não ao Marco Temporal e o PL 490!