Na madrugada da última terça-feira (24), mais uma ação de universitários atentaram contra o povo brasileiro. Sob o pretexto de protestarem contra o Marco Temporal que vai significar um retrocesso imenso para os já muito massacrados indígenas brasileiros, um grupo de identitários queimaram o monumento da estátua de Pedro Álvares Cabral, no Rio de Janeiro.
A ação teve método parecido com o caso da estátua de Borba Gato, em São Paulo. Colocaram alguns pneus queimando e defumaram a estátua com a fumaça densa que subia.
Esse caso deixou ainda mais claro o que é o identitarismo e o conteúdo de suas ações e sua política. No caso de Borba Gato, os ignorantes da história do Brasil, se escondiam atrás da alegação falsa e absurda de que o bandeirante seria um “genocida”, assim como Adolf Hitler ou Bolsonaro. Só essa colocação já mostra que os que estiveram envolvidos na ação e que a defenderam posteriormente não tem o menor apreço e conhecimento de história do Brasil.
Mas e Pedro Álvares Cabral? Qual seria exatamente o papel dele em qualquer extermínio indígena? A não ser pelo fato de que Cabral tenha sido o comandante da expedição portuguesa que chegou ao Brasil. Cabral chegou, ficou poucos dias por aqui, e foi embora.
Queimar sua estátua é um ataque direta à ideia de nação brasileira. O ataque a uma estátua por si só é simbólico, em geral não vai afetar absolutamente nada na luta atual, mas no caso de Cabral, trata-se de um ataque a uma ideia: a formação do que hoje conhecemos como Brasil, com todas as suas contradições, afinal, o mundo não é encantado como querem os identitários.
Vejam bem a gravidade da ação desses identitários. O ataque deles é contra o Brasil. E quem ganha com isso? Logicamente que são os colonialistas de hoje, ou seja, o imperialismo.
Quem mais pode se beneficiar com uma política que defende o fim do Brasil enquanto nação senão os Estados Unidos em primeiro lugar.
O identitarismo é não apenas uma ideologia importada, mas uma ideologia que está sendo infiltrada no Brasil para servir de instrumento de dominação imperialista.
Com a desculpa de que estão protestando contra a colonização e barbaridades cometidas pelos portugueses, esses identitários estão atacando todo o povo brasileiro, incluindo logicamente os índios e negros. Afinal, quem mais vai sofrer com o colonialismo atual senão os que sempre foram mais explorados e oprimidos.
Os identitários e o PSOL, partido identitário e pró-imperialista que defende essas ações, tem verdadeiro nojo do Brasil e do povo brasileiro. Eles odeiam o Brasil que existe e querem destruí-lo em nome de um País fictício, que nunca existiu de fato.




