A ex-candidata ao governo do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi (psolista infiltrada no PT), respondeu um tuíte de Renato Rovai (tucano-psolista), no último dia 17 de agosto, afirmando que o PCO é “financiado pela extrema-direita”. O comentário é relativo à posição do PCO sobre a derrota imperialista no Afeganistão e a denúncia de que a prisão do fascista Roberto Jefferson é ilegal e vai se voltar contra a esquerda. Segundo os caluniadores Rovai e Tiburi, o PCO “apoia o Talibã e Roberto Jefferson”.
Como típico caluniador, Renato Rovai não quer saber de explicar as posições do PCO, apenas joga as palavras e insinua que o PCO representa um “perigo”. Não se sabe por que o partido seria tão perigoso para alguém que se diz de esquerda. O que vale é caluniar.
A autodenominada “filósofa”, então, pega carona nas calúnias contra o PCO e parte para a baixaria: as posições do partido são produto de um financiamento escuso da extrema-direita.
Antes de mais nada, Tiburi precisa pegar senha e entrar na fila de caluniadores. A fila é liderada, justamente, vejam só a ironia, pela direita golpista e a extrema-direita, a quem a “filósofa” acusa de financiar o PCO.
É um caso bastante curioso. O PCO foi o primeiro partido a levantar o fora Bolsonaro e, agora, é reconhecidamente o partido que mais defende a candidatura de Lula. Fica a dúvida: será que a extrema-direita financia o PCO para atacar a si própria? Será que a extrema-direita defende a candidatura de Lula?
A acusação de Tiburi contra o PCO é totalmente absurda. Mas quem se importa? O importante é caluniar o partido.
Parece que Tiburi, que se diz filósofa, não tem muito apreço pelo ramo da filosofia chamado lógica. Seria bom lembrá-la, contudo, que tal ramo é essencial para essa disciplina do conhecimento humano. Tiburi está para a filosofia assim como um biólogo que não conhecesse a fisiologia dos animais ou um matemático que só conhecesse os números, mas desconhecesse as operações.
Na mesa de bar, um bêbado teria vergonha de falar uma coisa dessa. Mas Tiburi fala e nem fica corada. Contudo, o Twitter já ultrapassou de longe qualquer mesa de bar: ali qualquer um fala o que quer.
Se o PCO fosse como a maioria da esquerda pequeno-burguesa, teria toda a legitimidade para processar Tiburi e Rovai por calúnia e difamação. Apesar de tudo isso, o PCO acha um avanço que as pessoas possam falar o que quiser nas redes sociais e que ninguém deve ser censurado ─ ao contrário do que pensa essa mesma esquerda, que quer censurar todo o mundo.
Mas o debate é político. Basta ao PCO poder responder livremente e mostrar que a lógica de Tiburi é filosofia de boteco (com todo o respeito as boêmios).
Mais ainda, que a política rasteira da autodenominada filósofa a coloca, na prática, ao lado da extrema-direita, que ela diz financiar o PCO. No ataque ao PCO, Tiburi está ao lado dos bolsonaristas. No caso Afeganistão, Tiburi está do lado dos bolsonaristas. No caso Roberto Jeferson, Tiburi está do lado do fascista Alexandre de Moraes e do STF, os mesmos que prenderam Lula. E nesse caso, a posição dos bolsonaristas não é nada mais do que sua luta faccional.
Na sua ânsia de atacar o PCO, Márcia Tiburi acaba sendo traída pela sua própria política.