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Após derrota do imperialismo

Em meio a tensões, avança a formação de um novo governo afegão

Neste sábado (21) as negociações para a formação de um novo governo afegão avançam com a participação do Talibã, funcionários dos governos anteriores e o ex-presidente Hamid Karzai

Neste sábado (21), o co-fundador do Talibã, mulá Abdul Ghani Baradar, chegou a Cabul para as negociações sobre a formação de um novo governo no país. Ele, que negociou em 2020 um acordo com os Estados Unidos, tem frequentemente se reunido com lideranças afegãs como o ex-presidente Hamid Karzai.

Após anos exilado no Qatar, Baradar chegou no Afeganistão na última terça-feira (17), e após passar alguns dias na cidade de Kandahar, berço do Talibã, dirigiu-se à capital Cabul para as negociações.

De acordo com oficiais afegãos em Cabul, o Talibã não fará declarações sobre medidas governamentais até que as tropas da OTAN se retirem do país, o que está previsto para acontecer até a data limite de 31 de agosto. Até lá, serão feitas as negociações para a constituição de um novo governo afegão, após a derrota da OTAN, que ocupou por 20 anos o Afeganistão.

O novo governo do Talibã terá de enfrentar uma grave situação econômica no país, muito pobre e devastado pela guerra, e para fazer frente a essa situação, busca a colaboração de funcionários dos governos anteriores. Segundo informações da agência Reuters, um oficial disse que “especialistas do governo anterior integrarão o governo para o gerenciamento da crise”. Ele também disse que o novo governo não será uma democracia nos padrões ocidentais, mas que “protegerá os direitos de todos”.

Abdullah Abdullah, membro da junta de transição que foi estabelecida na última segunda-feira (16) e ex-funcionário do governo deposto, divulgou que ele se reuniu com o ex-presidente Hamid Karzai e com o governador de Cabul, Abdul Rahman Mansour, do Talibã, para definir uma agenda para garantir a segurança do povo afegão e a estabilidade no país.

Reunião neste sábado (21) em Cabul para a formação de um novo governo no Afeganistão

Após a chegada do Talibã ao poder, atingido com a conquista de Cabul no último domingo (15), o grupo tem apresentado posições mais moderadas do que quando governou o país há 20 anos atrás (1996-2001). Porta-vozes do grupo têm declarado que o que se busca é a paz, que não se vingará dos inimigos e que as mulheres terão seus direitos respeitados dentro dos quadros da xaria islâmica.

Há relatos que em vários pontos do país há conflitos, incluindo alguns tiroteios, tanto do Talibã quanto de grupos opositores, o que indica que, por hora, a violência da guerra ainda não cessou completamente. Há neste momento muita tensão no país, mas o governo Talibã em declarações oficiais tem buscado promover um clima de normalidade, tanto com os funcionários da administração pública quanto com o pessoal dos serviços diplomáticos.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira (20) que o governo russo vê com preocupação a possibilidade de um colapso do estado afegão, e que dentro desses quadros, encoraja o Talibã a implementar um regime político estável e inclusivo no país.

Uma porta-voz do governo chinês também declarou que busca analisar a situação de forma objetiva e dialética, e que busca contribuir com a formação de um novo estado afegão estável e inclusivo, ao invés de tratar o Talibã com uma concepção rígida e conservadora. Ela também criticou o fato de países ocidentais não darem nenhuma importância à opinião dos próprios afegãos sobre a situação no país.

China mantém comunicações com o governo do Talibã

Em um sentido oposto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesse sábado que a união Europeia não reconhece a legitimidade do governo do Talibã e não se engajará em contatos diplomáticos com o grupo neste momento.

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