Assim como Cuba e Vietnã

Imperialismo reconhece derrota histórica para o povo afegão

Jornais imperialistas classificam a derrota para o Talibã no mesmo patamar que as revolução do Vietnã, Irã e Cuba.

A vitória popular no Afeganistão, com a retomada do poder por parte do Talibã e a expulsão do imperialismo, vem sendo reconhecida até mesmo pelos principais órgãos de imprensa imperialistas. O Financial Times publicou nesta semana uma matéria que explicita a visão do imperialismo, sobretudo norte-americano, a respeito da total derrota sofrida pelas forças populares no Afeganistão.

De acordo com o órgão, após 20 anos de ocupação norte-americana, a derrota e, ainda mais, a maneira como ela se deu, com a fuga do exército norte-americano e a rápida tomada do país por parte do Talibã com forte apoio popular, pode ser diretamente comparada com outras históricas revoltas populares que representaram profundas derrotas para o imperialismo. Neste sentido, o jornal pontua que a vitória do Talibã está para o imperialismo assim como esteve a vitória popular na guera do Vietnã, com a queda de Saigon, a capital do então Vietnã do Sul, como também com a Revolução no Irã, em 1978, e, principalmente, com a vitória da Revolução cubana, em 1959.

A declaração deste que é um dos mais destacados órgãos de imprensa do imperialismo apenas revela que a vitória do Talibã representa muito mais que uma mera retirada de tropas do Afeganistão. Com o levante popular e a tomada do poder no país, todos os países do Oriente Médio são diretamente influenciados pela mobilização política e, a nível mundial, o imperialismo demonstra uma grande debilidade em um momento de grandes conflitos contra países como Rússia e China.

A derrota do imperialismo abre caminho para uma profunda desestabilização na região e nos demais países oprimidos pelo governo norte-americano, enfraquecendo a dominação mundial da burguesia, afetando até mesmo a luta política no interior dos Estados Unidos

A comemoração por parte do Hamas, outro grupo político armado no Oriente Médio que luta contra a opressão imperialista, explicita que a revolta popular pode facilmente se alastrar e que a derrota do imperialismo pode abrir um período de fortes crises populares em todo o mundo.

Por isso, o reconhecimento por parte do imperialismo é uma representação clara desta crise. Foi uma vitória histórica do Talibã e do povo afegão, mas também de todos os povos oprimidos, que deram um novo passo adiante pela derrubada do imperialismo, seja no Afeganistão, no Oriente Médio, como também no Brasil e em todo o mundo.

Dessa forma, a campanha da imprensa burguesa deve ser denunciada. Os jornais golpistas brasileiros, por exemplo, buscam a todo o momento lançar uma forte campanha identitária de ataque ao novo governo afegão e buscando esconder a imensa revolta popular contra o imperialismo. A esquerda, no lugar de ficar a reboque da política imperialista, deve denunciar o imperialismo e defender o Talibã, assim como todo o povo afegão, contra os verdadeiros opressores de toda a população mundial.

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