Em uma clara intervenção na política brasileira e particularmente nas eleições gerais programadas para ocorrerem no próximo ano, o governo dos Estados Unidos, por meio do conselheiro de segurança, Jake Sullivan, enviado do presidente Joe Biden ao Brasil, transmitiu uma “ordem” ao presidente capacho e ilegítimo Jair Bolsonaro para que ele não interfira ou prejudique as eleições de 2022.
Segundo a imprensa norte-americana, Sullivan advertiu Bolsonaro para que não interfira no processo eleitoral, referindo-se claramente à defesa do ex-militar do voto impresso e suas denúncias contra a urna eletrônica.
O representante dos EUA teria dito que seu país confia nas instituições brasileiras e que elas garantirão eleições livres e justas.
Embora Sullivan diga que Bolsonaro está interferindo nas eleições brasileiras, fica visível que quem está interferindo é o governo dos EUA, através dele. E por que a preocupação dos EUA com as eleições brasileiras e com a urna eletrônica ou o voto impresso?
A direita e a burguesia brasileiras estão realizando uma forte campanha em defesa da suposta lisura garantida pela urna eletrônica. Agora o governo dos EUA embarca oficialmente nessa mesma campanha. Logo os EUA, que sempre fraudaram e manipularam eleições no mundo todo e promoveram o golpe de 2016, a prisão de Lula e a eleição do próprio Bolsonaro!
Por que os EUA estariam apoiando a urna eletrônica no Brasil ─ sendo que nos próprios EUA o voto é impresso ─ e ameaçando Bolsonaro? Fica claro que é uma campanha para fraudar as eleições em nome da “terceira via” e que esta se resume a um candidato 100% ligado ao imperialismo.
Os EUA querem fraudar novamente as eleições de 2022 não contra Bolsonaro, mas principalmente contra Lula. O imperialismo não quer o PT de volta ao governo, afinal foi ele quem derrubou Dilma Rousseff, prendeu Lula e impediu a vitória petista em 2018.
A esquerda, infelizmente, não enxerga isso. Agora, além de ter ficado a reboque da direita, da burguesia, do reacionário TSE, faz uma frente única com os EUA sob a desculpa de lutar contra Bolsonaro.