Nesta quarta-feira, 11 de julho, terceiro dia de retomada das aulas presenciais na rede municipal, uma aluna do Ensino Fundamental II da Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Elza Maria Martucci, localizada no distrito de Jurupema, testou positivo para o coronavírus.
A aluna frequentou a escola presencialmente no segundo dia (10.08) de reabertura das escolas. O prefeito fascista Vanderlei Mársico (PSDB) foi alertado por uma comissão composta de professores municipais PEB I e PEB II e também por pais, servidores e pela Apeoesp de que as escolas municipais não tinham condições adequadas de infraestrutura para a retomada presencial no contexto da pandemia do coronavírus, especialmente no momento em que circulam variantes mais transmissíveis (Alfa, Beta, Gama, Delta) no País. Cabe destacar que a maioria dos professores não tomou a segunda dose e os próprios alunos sequer foram vacinados.
A administração municipal não forneceu condições para que os alunos pudessem se manter na modalidade online. Os professores, as escolas e as famílias não receberam equipamentos e internet, tendo que cada um providenciar por sua própria conta (isso se tiver condições financeiras). Ao longo de um ano e meio de fechamento das escolas, nenhum aluno – nem mesmo os alunos de família operária, atingidos pelo desemprego e pela deterioração das condições de vida – teve apoio institucional para garantir sua permanência e a qualidade das atividades pedagógicas online.
A EMEB Elza Maria estará fechada pelos próximos dias, até pelo menos terça-feira (17), em caráter preventivo. Nos últimos dias outra escola confirmou uma infecção, a tradicional Escola Estadual Nove de Julho. Há relatos de que esta última não foi fechada, apesar da confirmação.
O caso demonstra na prática o caráter da política criminosa de reabertura das escolas sem a garantia de condições de infraestrutura adequadas e vacinação para todos. Para a administração Mársico, marcada pela truculência no trato com os servidores e pela negligência em relação às escolas municipais, a vida e a saúde dos trabalhadores, alunos e suas famílias não passam de números a serem riscados numa planilha burocrática.