O quinto dia nacional de mobilização pelo Fora Bolsonaro se aproxima. Após os vitoriosos atos organizados a partir do dia 29 de maio, com o impulso dado pelo ato nacional de 1º de maio organizado pelo PCO, a mobilização em todo Brasil não para de crescer.
No último dia 24, um novo recorde de cidades atingidas pela mobilização foi alcançado, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas novamente contra o regime golpista. Após mais um ato de sucesso, a Frente Fora Bolsonaro decidiu em reunião realizada no último dia 30, a convocação de novos atos nacionais, sendo o primeiro destes, no dia 18 de agosto.
Esta convocação vem ao encontro do dia nacional de paralisação dos servidores públicos convocado pela Central Única dos Trabalhadores. O chamado da central visa mobilizar a categoria que vem sendo brutalmente atingida, não apenas pelos ataques aos direitos trabalhistas de maneira geral, mas também pela privatização das principais empresas do país e agora pelo anúncio da nova reforma administrativa, que promete atingir cerca de 13 milhões de trabalhadores, acarretando maiores perdas dos direitos trabalhistas.
Dessa maneira, o dia 18 também será marcado por uma mobilização oficial dos trabalhadores, algo que não ocorria desde a greve dos Correios realizada ainda em 2020. A mobilização dos servidores vem em um momento crucial, em que ao passo que a mobilização popular aumenta, as pressões por parte da burguesia e seus representantes também aumentam contra as manifestações.
Isto pode ser visto já na manifestação deste dia 24, quando de maneira oficial as organizações defensoras da frente ampla realizaram uma convocação que incluiu grupos como PSDB, Rede, PSB e Livres (um MBL de “segunda linha”), criando um novo ato, no mesmo dia e horário, porém em defesa da terceira via representada por João Doria. Mesmo que este bloco tenha sido um fracasso, permitiu à imprensa burguesa realizar forte campanha em torno do verde e amarelo e, sobretudo, da candidatura de terceira via para 2022.
Ao mesmo tempo que isso ocorre, as organizações de esquerda, principalmente PCO, CUT e PT aumentaram o vermelho nas manifestações e delimitaram os blocos, deixando visível a todos a presença dos golpistas do outro lado. No entanto, mesmo que acuadas, as organizações que representam os interesses da frente ampla no interior do movimento continuam a exercer um papel de boicote às mobilizações.
Antes da reunião que havia decidido o dia 18, grupos como PCdoB, PSOL e UP já anunciavam que a próxima mobilização iria ocorrer em 45 dias, apenas no dia 7 de setembro. Mesmo com a proposta do dia 18 aprovada, estes grupos divulgaram para a imprensa burguesa que agosto não teria novas manifestações de massas pelo Fora Bolsonaro.
Além de ter o papel de vazar informações de primeira mão para a burguesia, essas organizações boicotam ativamente a mobilização, ainda mais neste dia 18. Por isso, é necessário intensificar a campanha de convocação, ir às fabricas, aos bairros populares, falar com os trabalhadores e mobilizá-los a saírem às ruas por Fora Bolsonaro e Lula Presidente. Com a presença dos trabalhadores, a frente ampla não terá vez no interior do movimento, e a luta pelo Fora Bolsonaro apenas aumentará de tamanho.